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De amante a rainha consorte! O golpe de mestre de Camilla Parker Bowles, a mulher apaixonada e ambiciosa que soube esperar pela coroa

Durante muitos anos foi vista como a grande vilã. A única culpada pela infelicidade da princesa Diana. Em muitos círculos chegou, inclusivamente, a ser 'persona non grata'. Mas Camilla soube esperar. Engoliu humilhações e aguentou o desprezo de metade do mundo. Ao cabo de tanto vexame, sentou-se no trono ao lado de Carlos e, hoje, é uma figura respeitada.
Ana Cristina Esteveira
Ana Cristina Esteveira
20 de outubro de 2022 às 23:32
camilla parker-bowles
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Durante anos e anos Camilla Parker Bowles foi uma das figuras mais odiadas de Inglaterra. Uma antipatia que extravasou as fronteiras do Reino Unido e alastrou ao mundo inteiro. A razão? Quando, na década de 90, veio a público que era amante de Carlos, quando este ainda era casado com Diana, as culpas para a infelicidade da princesa recaíram todas em Camilla. Foi julgada em praça pública, humilhada sempre que se comparava o seu aspeto físico com a beleza e elegância de Lady Di, ostracizada, ofendida por cronistas e desprezada até pelos seus mais próximos.

Foi um longo e penoso caminho, aquele que a atual rainha consorte percorreu até chegar a Buckingham Palace. Até poder, enfim, sentar-se no trono ao lado do homem que lutou, como poucos, pelo amor de uma vida. Um amor que começou quando Carlos e Camilla trocaram olhares pela primeira vez. Terá sido uma frase dita pela atual rainha consorte que marcou para sempre esse encontro e o percurso de ambos pela vida fora: "Sabe que a minha bisavó [Alice Keppel] e o seu tretavô [rei Eduardo VII] foram amantes?". Uma dúzia de palavras que chamaram a atenção do então príncipe de Gales e que o fez apaixonar pela mulher que tinha à sua frente. Um amor que dura até aos dias de hoje, mesmo depois de tantos escândalos e "turbulência" que tiveram de ultrapassar. Terá esta história de amor sido uma predestinação? 

Quem era a então jovem Camilla? Nascida no seio de uma família abastada com ligações à aristocracia, o pai era um oficial importante do exército britânico, teve acesso a uma educação esmerada. Frequentou colégios de elite e estudou na Suíça. Foi assim que começou a privar de perto com pessoas da nobreza  e da alta sociedade londrina. Tinha 23 anos quando numa partida de polo conheceu o herdeiro da coroa. Não terá sido o título de Carlos que seduziu a jovem, mas perceber o quanto ele era a sua "alma gémea". Os dois tinham os mesmos gostos, os mesmos interesses intelectuais e desportivos. Identificaram-se sobremaneira e gostavam de conversar um com o outro. Começaram a encontrar-se amiúde e sempre com aquela primeira frase de Camilla a fazer-se sentir entre o casal. Os seus antepassados já haviam vivido uma história de amor. Só que os deveres do príncipe herdeiro acabou por interromper esta aproximação. Carlos teve que cumprir serviço militar na Royal Navy. Quando regressou, a mulher por quem estava apaixonado já estava comprometida com outro homem: Andrew Parker Bowles. Com quem casou em 1973.

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O gesto comovente de Camilla a ajudar a sogra, a rainha Isabel II

CASAMENTOS MARCADOS PELO ADULTÉRIO 

Terá sido o pai de Camilla que fez de tudo para que a filha cortasse com o filho mais velho de Isabel II e se casasse com o militar. Mas este casamento não terá sido nada pacífico. Muitos biógrafos coincidem na opinião que a relação de 20 anos dos Parker Bowles ficou marcada por diversas traições. Para além de Camilla, que nunca esqueceu Carlos, também o marido terá mantido muitos casos extraconjugais com diferentes mulheres. A sua amizade com a princesa Ana, irmã do seu grande rival, também provocou muitos rumores e houve alguns tablóides que nem sequer hesitaram em insinuar a existência de "quadrado amoroso".

A verdade é que o casamento de Camilla não resistiu às traições e às especulações cada vez mais insidiosas. Especialmente, aquelas que começaram a ser lançadas pela princesa Diana, que entretanto era uma mulher amargurada e infeliz por perceber que o seu príncipe, o homem com quem se tinha casado, afinal gostava de outra mulher, que não ela. O fim do sonho de Lady Di, que acreditava que era a protagonista de um verdadeiro conto de fadas, é também o início do calvário que Camilla foi obrigada a percorrer durante várias décadas.

A verdade é que o casamento de Camilla não resistiu às traições e às especulações cada vez mais insidiosas. Especialmente, aquelas que começaram a ser lançadas pela princesa Diana, que entretanto era uma mulher amargurada e infeliz por perceber que o seu príncipe, o homem com quem se tinha casado, afinal gostava de outra mulher, que não ela. O fim do sonho de Lady Di, que acreditava que era a protagonista de um verdadeiro conto de fadas, é também o início do calvário que Camilla foi obrigada a percorrer durante várias décadas.

AS CRUÉIS COMPARAÇÕES COM DIANA

Passar a ser vista como "a amante" foi o pior que poderia acontecer à antiga duquesa da Cornualha. A rival de Diana teve que se resumir a um papel muito secundário. Foi prudente e discreta. Muito discreta, até. Percebeu o quanto era odiada e ficou consciente de que nunca conseguiria destronar a princesa de Gales no coração do povo. Fizesse o que fizesse, Diana sairia sempre vencedora nesta guerra. Seria sempre considerada a mais bonita. A mais elegante. A mais graciosa. A mais generosa. A mais benemérita. Enfim, seria sempre vista como a vítima e ela, Camilla, como a grande vilã. A "bruxa má" que destruiu um conto de fadas. Uma família. Mas para além da ira e do ódio do povo, a atual rainha consorte também teve de enfrentar a antipatia generalizada da família real. Isabel II, ainda que não gostasse de Diana, gostava ainda menos da amante do filho. A rainha sofreu com o divórcio de Carlos e não era o desfecho que ela desejava. Por isso, foi-lhe difícil aceitar a nova "nora".

Passar a ser vista como "a amante" foi o pior que poderia acontecer à antiga duquesa da Cornualha. A rival de Diana teve que se resumir a um papel muito secundário. Foi prudente e discreta. Muito discreta, até. Percebeu o quanto era odiada e ficou consciente de que nunca conseguiria destronar a princesa de Gales no coração do povo. Fizesse o que fizesse, Diana sairia sempre vencedora nesta guerra. Seria sempre considerada a mais bonita. A mais elegante. A mais graciosa. A mais generosa. A mais benemérita. Enfim, seria sempre vista como a vítima e ela, Camilla, como a grande vilã. A "bruxa má" que destruiu um conto de fadas. Uma família. Mas para além da ira e do ódio do povo, a atual rainha consorte também teve de enfrentar a antipatia generalizada da família real. Isabel II, ainda que não gostasse de Diana, gostava ainda menos da amante do filho. A rainha sofreu com o divórcio de Carlos e não era o desfecho que ela desejava. Por isso, foi-lhe difícil aceitar a nova "nora".

Mas Carlos nunca virou costas à sua amada e ao amor que dura até aos dias de hoje. Numa atitude corajosa terá dito aos pais, a rainha Isabel e o príncipe Philip, que a relação com Camilla não era negociável. Enfrentou a própria família para defender a sua amante. Já havia desistido do amor lá atrás, no passado, aceitando casar com Diana, e não estava disposto a voltar a abdicar da sua felicidade. Apostou forte na convicção de que a mãe não lhe tiraria o trono se insistisse em manter-se ao lado de Camilla. E assim foi. Só que ela teve de se manter na retaguarda. Foi isso que a monarca exigiu e ela aceitou resignada a sua condição. E enquanto se mantinha longe dos olhares do mundo, na sombra, Diana exibia-se como se continuasse a ser a princesa de Gales, mesmo já divorciada de Carlos e a assumir novas relações. Uma continuava a ser amada e a outra odiada.

O CAMINHO PARA O TRONO 

E assim continuaria a ser caso Lady Di não tivesse sofrido aquele acidente de viação, em Paris, que lhe roubou a vida tão prematuramente e de uma forma tão trágica. Foi nesse tristemente memorável dia 31 de agosto de 1997 que se abriu o caminho de Camilla Parker Bowles. Lentamente, muito lentamente a duquesa da Cornualha começou a sair da sombra. Dois anos após a morte da mãe de William e Harry, Camilla apresentou-se pela primeira vez ao lado de Carlos. Como companhia informal, apenas. Seis anos mais tarde, ou seja a 2005, casou com o herdeiro da coroa numa super discreta cerimónia, tal como Isabel II exigiu. Com o casamento recebeu o título de duquesa da Cornualha. O título de princesa de Gales, que pertenceu a Diana, não lhe foi dado. E aos poucos, pela sua atitude e postura, foi conseguindo cativar, primeiro, os mais próximos e, depois, o país. Foi inteligente e paciente e essa paciência ajudou-a a chegar a bom porto. Pouco antes de morrer Isabel II deixou um desejo: que Camilla recebesse o título de rainha consorte. E assim aconteceu. Camilla passou, aos 75 anos, de amante renegada a rainha consorte da mais importante monarquia do mundo. 

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