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De onde vem a mágoa entre Roger Basile e a mãe? A verdadeira história do passado de Betty que ajuda a explicar as desavenças

O empresário e Betty tentam, nos seus últimos anos de vida, curar os ressentimentos que tantas vezes os separaram e que começaram ainda durante a infância de Roger, que esteve longe de ser aquilo que se sonha para um filho. Entenda as circunstâncias da vida da socialite que toldaram a sua relação com Roger.
Rute Lourenço
Rute Lourenço
06 de abril de 2025 às 20:52
Betty Grafstein, Roger Basile
Betty Grafstein, Roger Basile

Roger Basile mostra-se, agora, ao lado da mãe, Betty Grafstein, nos seus últimos anos de vida, em Nova Iorque. No entanto, a relação entre mãe e filho sempre foi pautada por períodos de altos e baixos e os problemas começaram muito antes de José Castelo Branco entrar na vida da norte-americana.

Na verdade, remontam ao primeiro casamento de Betty. A socialite foi mãe muito jovem, no entanto não se pode dizer que Roger tenha nascido propriamente num berço feliz. Isto porque a americana vivia uma relação conturbada, marcada pela violência, razão pela qual acabaria por fugir desse casamento.

Betty Grafstein e o filho, Roger Basile
Betty Grafstein e o filho, Roger Basile Foto: dr

No entanto, numa época em que o divórcio colocava um estigma sobre as mulheres, Betty não teria dias fáceis. Lutaria para se impor na sociedade norte-americana, mas com um filho pequeno nos braços, e sem uma rede de apoio familiar, não teve outro remédio que não o de colocar Roger num colégio interno de forma a conseguir trabalhar para, futuramente, o conseguir sustentar ao seu lado.

"A Betty teve de pôs mãos à obra, e a vida dela não era fácil. E o Roger acabou por passar alguns anos da sua infância num colégio, que na verdade era uma espécie de lar para crianças. Isso acabaria por o marcar para sempre e também a relação entre mãe e filho. Gostam muito um do outro, sem dúvida, mas há essa bagagem na relação deles", começa por contar uma fonte, acrescentando que a americana só conseguiria trazer novamente o filho para casa quando se casou, em segundas núpcias, com Albert Grafstein, o dono da companhia de diamantes que faria dela milionária.

"Por essa altura, o Roger voltaria a viver com a mãe, mas toda a fase da primeira infância já tinha passado e não deixa de haver uma certa sensação de abandono. Claro que depois se reaproximaram, alé de que a Betty nunca deixou de estar presente na vida dele, mas há sempre algum ressentimento. Nunca foi uma relação de mãe e filho normal."

Roger Basile, Betty Grafstein
Roger Basile, Betty Grafstein

O SEGUNDO AFASTAMENTO

Enquanto foi casada com Albert, Roger viveria, talvez, a melhor fase ao lado da mãe, porém, é certo que os seus feitios sempre foram bastante diferentes: o empresário mais conservador e Betty uma mulher sempre à frente do seu tempo e sem preconceitos.

Esse fosso entre os dois aumentaria precisamente quando a americana conheceu José Castelo Branco. Tinha acabado de enviuvar de Albert Grafstein com Roger a assumir, aos poucos, o comando da companhia de diamantes. No entanto, a relação com o português nunca foi do agrado do filho, que via no marchand d'art uma má influência na vida da mãe, além de que sempre desconfiou das suas verdadeiras intenções.

Betty Grafstein e José Castelo Branco
Betty Grafstein e José Castelo Branco Foto: Medialivre

Começaria aí um novo asfatamento entre os dois, que se foi acentuando e que se tornou num motivo de tristeza para Betty, que, com o avançar das idades, sentia cada vez mais a distância do seu único filho, apesar de na maior parte do tempo se encontrarem na mesma cidade, Nova Iorque.

Roger continuou a ser vigilante em relação à vida da mãe, controlando os seus rendimentos para evitar que José Castelo Branco pudesse deitar, de alguma forma, mão ao património, mas a relação entre os dois era marcada pela falta de afeto. "Era esse carinho de que a Betty sentia falta."

Os dois só se reaproximariam depois de rebentar o escândalo de violência doméstica. Com a mãe hospitalizada, Roger organizou-se para vir a Portugal e levou Betty de volta para os Estados Unidos, onde se encontra agora a residir num lar. Nos últimos tempos, têm tentado sarar as dores do passado, ainda que não sendo uma folha em branco, a mágoa continua sempre presente.

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