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E quem cuida de William, o príncipe que aprendeu a sofrer em silêncio?

Nunca, como agora, um herdeiro do trono de Inglaterra passou por tão grande provação e um golpe do destino tão angustiante quanto o que está a viver o filho mais velho do rei Carlos III e da malograda princesa Diana. Será que o príncipe de Gales vai continuar a enfrentar os problemas com tanta coragem como até aqui? Há quem garante que pode não resistir por muito mais tempo.
Ana Cristina Esteveira
Ana Cristina Esteveira
23 de maio de 2024 às 23:15
Príncipe William
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Príncipe William

Quando se nasce com o destino traçado - como foi o caso do príncipe William – passa-se a estar para sempre condicionado ao princípio do dever. Herdar um trono como o de Inglaterra não é uma responsabilidade que se possa encarar de ânimo leve, relativizar ou menosprezar. É-se educado para assumir a função desde dos primeiros anos de infância. A formação é de excelência e exaustiva. Mas será que alguém está devidamente preparado para enfrentar tudo o que príncipe William está a viver neste preciso momento? Estará ele emocionalmente apto para prosseguir a sua caminhada em direção ao trono tendo de gerir tantas provações?

É verdade que é um príncipe e que foi educado para afrontar os maiores desafios, mas não deixa de ser uma pessoa, com sentimentos e fragilidades. Especialmente quando o que tem de encarar são problemas de saúde graves de duas pessoas que lhe dizem tanto e estão no seu coração: o pai – o rei Carlos III – e a mulher – a princesa Kate Middleton. Ambos lutam contra doenças oncológicas e, perante diagnósticos destes o medo, de que não se consiga sair vencedor desta terrível batalha, torna-se mais presente. Tanto entre os doentes, como entre os que lhes estão mais próximos. William não escapa a esse medo. O medo de perder quem tanto ama, como já perdeu a mãe, a princesa Diana, quando tinha apenas 15 anos.

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Príncipe William parece mais 'magro' e 'cabisbaixo' ao enfrentar crise de família

ORFÃO DE MÃE, ORFÃO DE CARINHO E AFETOS  

E tanto que ele precisado de ter a mãe junto dele. Ela que era o seu porto de abrigo. A pessoa que lhe dava afetos. Recorde-se que Lady Di nunca se deixou intimidar ou subjugar pelas rígidas regras da Casa Real que exigiam que William, sobretudo ele, fosse educado de uma forma mais austera, sem mimos. Diana não quis saber! Sempre proporcionou aos dois filhos uma vivência marcada pelo amor. Ela foi uma mãe como todas as outras e fez de tudo para que os dois príncipes soubessem que eram muito amados. Quando morreu, William e Harry [especialmente o primeiro] ficaram privados desse lado mais afetuoso. A orfandade foi total.

Este foi o primeiro grande revés na vida do príncipe. Tornou-se ainda mais tímido, mais taciturno e reservado. Valeu-lhe ter Harry a seu lado. Chamou a si a tarefa de proteger o irmão mais novo. De tentar colmatar a ausência de Diana. Os dois tornaram-se amigos. Cúmplices. E inseparáveis. No Reino Unido passaram a ser vistos como uma verdadeira equipa vencedora, pois uniram-se para ultrapassar em conjunto a dor de terem perdido a mãe de uma forma tão dramática e prematura. Depois, conheceu Kate Middleton. Apaixonou-se pela beleza dela. Pela sua tranquilidade. E pelo lado que havia conhecido na mãe: a sua afetuosidade. Apesar dos entraves que enfrentou a esta relação – Kate é plebeia – o príncipe acabou por impor a sua vontade e casou com a antiga colega de faculdade.

A CURTA FELICIDADE DE WILLIAM E A ZANGA COM HARRY 

A seu lado construiu uma bonita família [são pais de George, de 10 anos, de Charlotte, de oito, e de Louis, de seis] e parecia que William tinha, finalmente, encontrado a estabilidade que havia perdido com a morte de Diana. Kate Middleton, embora não tenha sido educada para ser princesa, revelou-se à altura do seu papel tendo conquistado até a rainha Isabel II que rapidamente percebeu que a mulher do neto era a pessoa certa no lugar certo. Tudo isto criou em torno do herdeiro do trono um ambiente de felicidade. Parecia que William já tinha tido a sua dose de dor e desgosto e que mais nada o abalaria. Afinal, estava tão longe da realidade.

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O encontro tão esperado de William e Harry. Irmãos colocam diferenças de lado pela mãe

A zanga com o irmão, à conta da cunhada, a norte-americana Meghan Markle, começou por ser o "pontapé de saída" para uma fase de muitas mágoas, problemas e dores para o príncipe de Gales. Tudo o que Harry fez - como a sua tumultuosa saída da Família Real de Inglaterra e a sua ida para os Estados Unidos - e disse - fez sérias acusações aos Windsor e nem sequer poupou William e Kate no livro de memórias ‘Spare’ que escreveu – foi assumida como uma dura traição por parte de herdeiro do trono. William virou as costas a Harry e parece determinado a não perdoar o irmão mais novo. Só que isso está a deixar-lhe marcas profundas. Dói-lhe fundo não ter o irmão a seu lado, particularmente nesta fase tão difícil da sua vida. Dói-lhe fundo não poder abraçá-lo quando precisa tanto de apoio. Dói-lhe fundo saber qua nunca mais voltará a ter com o irmão a relação forte do passado quando ambos choravam a perda da mãe.

O DOLOROSO ADEUS À AVÓ, A RAINHA ISABEL II

Segue-se a dor de perder a avó. Isabel II deixou um país órfão, mas também a família que a considerava eterna. Um baluarte da monarquia. Sem a rainha por perto, William deixou de ter quem procurar quando precisava de um conselho. Quando precisava que alguém o ajudasse a encontrar o caminho certo. Quem lhe dissesse o que fazer quando tinha dúvidas. Ela tinha sempre uma solução para tudo. Com o pai nunca teve esta proximidade. Havia [e há] Camilla a separá-los. A interpor-se entre pai e filho. William nunca gostou da madrasta, pois culpa-a do sofrimento que Diana viveu quando ainda estava casada com o então príncipe de Gales. Culpa Camilla pelo fim do casamento dos pais. Ainda assim, aprendeu a ter uma relação cordial com ela. Mas não confia na mulher do pai.

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O juramento emocionante do príncipe William com direito a beijo ao pai

Os rumores de que teria uma amante abalaram o seu casamento com Kate, foi mais um golpe infligido ao filho mais velho do monarca britânico. O nome de Rose Hanbury começou a ser associado ao herdeiro do trono de Inglaterra. Os boatos de que mantinha uma relação extraconjugal com a marquesa de Cholmondeley acabaram por alterar a imagem que os britânicos tinham do futuro rei. Uma mancha que William nunca quis ter, mas que apesar de todos os esforços não consegue apagar. Hoje, William é visto por muitos como um homem adúltero, tal como no passado foi Carlos III.

O PIOR DE TUDO: A DOENÇA DE CARLOS III E DE KATE MIDDLETON 

Mas o pior ainda estava para vir. Primeiro, saber que o pai sofre de uma doença oncológica. Um diagnóstico que pode precipitar a sua subida ao trono. Só que William não quer ser rei. Pelo menos não quer ser rei em breve, mais cedo do que o previsto. Ainda não se sente capaz para assumir carga tão pesada. Mas a doença do pai teve – e continua a ter – uma consequência imediata: mais trabalho. O príncipe sente-se altamente pressionado e não sabe para que lado se virar com tantas exigências. Parece, que de um momento para outro, tudo depende de si. Trabalho de gabinete, resoluções de problemas, decisões que têm de ser tomadas e marcar presença em inúmeros eventos.  

A somar a tudo isto a doença de Kate Middleton. E foi com isto que William "foi ao tapete". Que dor imensa. Um tumor maligno que acabou por afetar toda a família e que há que gerir com a maior das discrições. Às costas do príncipe caiu o apoio incondicional à mulher. Ajudar a aligeirar-lhe o sofrimento. A reduzir o medo. A dar-lhe esperança e a apontar-lhe o futuro de uma vida livre da doença. A dizer presente aos filhos. A libertá-los do peso de ter e ver a mãe doente. A organizar programas para as crianças e a ajudá-las a gerir toda esta terrível situação familiar.

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O emocionante vídeo em que Kate revela ao mundo estar a viver o pesadelo do cancro e que teve de proteger os filhos antes de o revelar

UM PRÍNCIPE EXAUSTO E À BEIRA DO ESGOTAMENTO 

São demasiados problemas para uma única pessoa. E William começa a dar sinais exteriores de tudo o que está a viver. Está mais magro. Mais cabisbaixo. Mais atormentado e emociona-se mais facilmente. Há quem se comece a preocupar seriamente com a saúde física e psíquica do príncipe. Pilar Eyre, especialista em assuntos da realeza, na sua habitual crónica semanal na revista 'Lecturas’, fala precisamente da exaustão do herdeiro do trono britânico. A jornalista espanhola alerta para as repercussões que este drama familiar pode ter em William.

"O correspondente de um importante jornal inglês conta-me que neste momento a cabeça de William deve estar a ponto de rebentar. Tudo se uniu para destabilizar a sua vida, para destruir o precário equilíbrio que conseguiu alcançar depois da morte terrível da sua mãe, os desentendimentos com o pai, a rutura com o seu irmão e a sua aversão por Camilla, equilíbrio conseguido graças à ajuda de Kate, a sua rocha, como ele a chama", escreve Pilar Eyre na referida publicação. Prossegue: "Mas a doença da mulher e do pai, os filhos numa idade muito difícil, a pressão para que assuma os seus deveres e a perspetiva de se converter em rei antes do esperado provocam um estado de angústia espantoso. Quando na Cornualha lhe perguntaram como estava Kate, respondeu com um sóbrio 'bem, obrigado'. Nas ilhas Scilly ficou com os olhos humedecidos, pois esteve ali vários verões com a sua mulher e os seus filhos, quando eram felizes". E é precisamente essa fragilidade emocional que preocupa. Preocupa mesmo muito! Quanto é que daria agora William para ser o "suplente" na linha de sucessão à coroa? O papel do qual Harry tanto se queixa...

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