
A relação entre Sofia de Espanha, mãe do rei Felipe VI, e Paloma Rocasolano, mãe da rainha Letizia, tem sido alvo de muita atenção mediática. Em Espanha, os jornalistas dos mais diversos órgãos de comunicação social têm-se mostrado atentos e a conclusão a que todos chegaram é que as duas mulheres não se dão bem há muito tempo. Tudo começou com o facto de a mulher de Juan Carlos considerar que os Ortiz/Rocasolano não tinham estatuto. Não eram merecedores, segundo o seu crivo pessoal, de poderem entrar e sair do Palácio da Zarzuela, em Madrid, como veio a acontecer quando o filho casou com a jornalista da TVE. A grega não gostou nada que o herdeiro do trono (à época) escolhesse para sua mulher alguém que era divorciada e que tinha nascido no seio de uma família de classe média com princípios republicanos. O sangue azul dos Borbón repudiava as origens plebeias da nova princesa.
A sua antipatia com a então enfermeira com um passado sindicalista fez-se notar logo no dia do casamento real. Uma data que ficou marcada pela primeira humilhação pública dos Borbón à mulher de Felipe VI e à sua família. Segundo o protocolo, Juan Carlos, na altura rei de Espanha, deveria entrar na catedral da Almudena, em Madrid, de braço dado com Paloma Rocasolano. Mas Sofia não quis! Fez com que o marido se fizesse acompanhar da irmã, a infanta Pilar. Que vergonha para a noiva que viu a mãe a ser empurrada para um plano secundário.
A VINGANÇA DE LETIZIA
Letizia nunca esqueceu esta afronta e, desde então, que não suporta a sogra. Como também não suporta nenhum dos familiares mais próximos do marido. A vingança não tardou. Aquela que é hoje rainha não descansou enquanto não deu o troco aos Borbón. É apontada como a principal responsável pelo afastamento dos sogros e das cunhadas da Zarzuela e do palco central da coroa espanhola. Até há bem pouco tempo – antes de rebentar o escândalo Jaime del Burgo em que foi acusada de ter traído o marido - era a "filha do taxista", como lhes chamavam os monárquicos, que mandava.
E como era ela que mandava, terá sido Letizia a afastar a sogra do convívio mais estreito com as duas filhas, a princesa Leonor e a infanta Sofia. A mágoa da mãe de Felipe VI foi grande. Nunca escondeu a tristeza de ser ver afastada pela nora desse relacionamento que lhe era tão querido. Ao longo dos últimos 18 anos a rainha emérita esteve sempre convencida de que Letizia fez de tudo para que Paloma Rocasolano fosse a "avó preferida" das duas meninas. E assim é de facto. Foi a avó materna que sempre esteve por perto. Mesmo em eventos em que seria suposto as filhas de Felipe VI terem por companhia a avó paterna era Paloma que lá estava. Era ela que cuidava das meninas sempre que Letizia não estava. A ligação que se estabeleceu entre avó e netas é verdadeira e grande. Sofia, por mais que se esforce, jamais conseguirá conquistar o mesmo carinho que as netas sentem em relação à outra avó.
CIÚME DA COMADRE
No início, a rainha emérita ainda teve acesso às netas em muitos atos públicos, mas as coisas acabaram por mudar quando a relação entre a mulher de Felipe VI e os Borbón se deteriorou. Letizia ganhou poder e começou a dificultar o contacto da sogra com Leonor e Sofia. Ainda assim, como já referimos, sempre promoveu o contacto estreito entre as filhas e a avó materna, Paloma Rocasolano. A emérita terá incluído desabafado: "Eu, que vivo aqui ao lado [no palácio da Zarzuela, em Madrid], não as posso visitar nem estar com elas [as netas]. No entanto, a mãe de Letizia está aqui metida todos os dias", terá dito de de lágrimas nos olhos. Este segredo foi revelado pela jornalista Pilar Eyre na sua coluna da revista 'Lecturas'.
Ainda hoje a princesa Leonor e a infanta Sofia só se "misturam" com os avós, tias e primos paternos quando o protocolo o exige e não têm qualquer outra saída. Ainda assim, a rainha emérita sonha em conseguir uma maior união familiar. O seu grande desejo é conseguir reunir os seus oitos netos. Letizia tem sido o grande obstáculo à concretização desse sonho. Por tudo isto, a relação entre as comadres é fria e distante. Ou melhor, era fria e distante, pois notícias recentes dão conta de uma reviravolta.
ENCONTROS PELO BEM DAS NETAS
Garante a revista ‘Hola’ – considerada a publicação mais próxima dos Borbón - que as duas avós de Leonor e Sofia estão mais unidas do que nunca. Parece que as duas se encontram agora amiúde para organizar programas com as netas, pese a mais velha esteja na academia militar e a mais nova a estudar no País de Gales. Estes encontros ocorrerão na maior das discrições. Não há provas nem fotografias, mas isso também já não é surpresa alguma dado que nos últimos anos há pouquíssimas imagens das duas comadres juntas. Mesmo nos poucos eventos familiares que coincidiram as duas mulheres nunca tiveram o hábito de posar diante as câmaras dos fotógrafos.
Agora, uma nova notícia poderá vir a impedir que esta nova "amizade" se solidifique, pois foi revelado que Paloma Rocasolano está prestes a deixar Madrid. A mãe de Letizia tenciona mudar-se para Múrcia. Será que conseguirão elas continuar a alimentar esta relação que só vai beneficiar as netas? E como será que Letizia vê esta suposta aproximação entre a mãe e a sogra? Não podemos esquecer que a rainha "caiu em desgraça" na Zarzuela e o mesmo aconteceu com Paloma Rocasolano que foi praticamente posta na rua por Felipe VI. Depois do escândalo com a mulher, o rei começou a pôr um travão à entrada da família de Letizia no palácio. Hoje, ao que parece, são ‘personas non gratas’ na residência real.