
A morar na Suíça, a filha mais velha de Susana Silva, Sarah, acompanha com grande preocupação aquilo em que a vida da mãe se tornou, depois de ter vivido uma "relação tóxica" de sete anos com o ator António Pedro Cerdeira, e que culminou com queixas de violência de parte a parte.
"Estou muito preocupada com a minha mãe porque ela é uma pessoa muito sozinha. Neste momento, está a morar com o meu avô e está muito frágil. Chora muito", começa por contar à The Mag a jovem, que é joalheira na Suíça [seguindo o percurso do pai], e que sempre viu com alguma preocupação a ligação da mãe com o então namorado, António Pedro Cerdeira.
"Eu e os meus irmãos [filhos do único casamento de Susana] vivemos na Suíça, então não estamos sempre em Portugal, por isso fomos acompanhando à distância. O que aconteceu foi que a minha mãe tinha uma vida ótima aqui, sempre teve trabalho nos aeroportos, e de repente apaixonou-se pelo Pedro e decidiu deixar tudo e ir viver para Portugal [Na altura, tinha um filho menor]", conta, acrescentando que as primeiras impressões em relação ao conhecido ator foram boas. "Ele era simpático, não tinha nada a dizer. E os meus avós gostavam dele".
No entanto, depois dos primeiros tempos de romance, Sarah garante que começou a ver o comportamento da mãe a mudar. Dos contactos constantes, Susana passou a isolar-se, a não atender o telemóvel "durante semanas" e a "desaparecer". Tanto que quando, normalmente no verão, os filhos visitavam a mãe em Portugal, raramente ficavam na casa que esta partilhava com Cerdeira. "O nosso irmão mais novo tem 18 anos e ainda era menor quando ia visitar a nossa mãe a Portugal. Costumava ficar em casa dela e do Pedro, mas o que acontecia é que a meio ligava aos meus avós para o irem buscar porque não se sentia bem com eles", garante Sarah.
EPISÓDIOS DE VIOLÊNCIA
Com o passar do tempo, Sarah afirma que toda a família se foi apercebendo de que algo não estaria bem com Susana, que se isolava e fugia do clã para que ninguém se apercebesse daquilo que ela estava a passar. "Tinha muita vergonha", lamenta.
Em 2010, quando tudo se começou a precipitar e os alegados episódios de violência a sucederem-se, os alertas começaram a soar na família. "A minha avó contou-me que uma noite e depois de uma discussão no carro, o Pedro parou no meio da estrada e pôs a minha mãe fora do carro e também o meu irmão, que na altura devia ter uns 14 anos. O meu avô teve de ir buscá-los", refere, não sabendo o que levou a essa atitude.
Com a preocupação a aumentar, há um dia em que as filhas são chamadas a intervir. "Para terem uma ideia, a minha avó nunca me pedia nada e ligou-me a dizer que eu tinha de ir para Portugal ajudar a minha mãe. Foi no dia em que ela lhe mostrou as marcas das [alegadas] agressões. A minha avó estava muito nervosa e eu percebi que a coisa era grave. E fui".
Perante o apelo da avó desesperada, Sarah embarcou de Genebra, na Suíça, no primeiro voo com destino a Lisboa e quando chegou a Portugal ficou assustada com o que viu. Estávamos em outubro de 2020 e Susana acabava de apresentar a primeira queixa por violência doméstica, depois de, alegadamente, ter sido fisicamente agredida por Cerdeira, garantindo ter sido atingida por um banco e "levado" com a trela do cão.
"Quando cheguei, a minha mãe estava num estado horrível. Fui com ela, e a polícia a casa onde eles viviam buscar os pertences da minha mãe. E não sei explicar, mas aquilo era um cenário horrível. A casa estava escura, sombria, tudo fechado. Um horror", diz, adiantando que nesse dia foi intimidade por António Pedro Cerdeira. "Ele começou a vir para cima de mim, e tive de pedir ao polícia para intervir. Mandaram-no para outra sala e ele só dizia que nós estávamos lá para o roubar, como se precisássemos. Não temos dificuldades financeiras".
MÃE DE SUSANA MORRE UMA SEMANA DEPOIS
Foi poucos dias depois desse incidente que a mãe de Susana da Silva viria a falecer. "Ela estava farta, foi muito difícil. Foi começando a perceber que as coisas não estavam bem porque de repente ela saía da casa onde morava com o Pedro e era capaz de ficar na casa dos meus avós uma semana".
Atualmente com o caso entregue à Justiça, Sarah continua a acompanhar com preocupação o assunto e diz que a mãe não se sente segura. "Ela tem muito medo, que aconteça alguma coisa. Está muito nervosa". PAPARAZZI NO PARQUE GERA REVOLTA
A história de António Pedro e Susana Silva está longe de ser linear e os avanços e recuos na relação, ao longo dos anos, deixaram a família de Susana revoltada. Por exemplo, pouco depois de ter apresentado queixa na polícia contra António Pedro Cerdeira, em outubro, e de a filha mais velha ter sido chamada a intervir sobre o assunto, Susana foi apanhada num paparazzi no parque com o seu alegado agressor.
"Isso coincidiu com a morte da minha avó e depois de tudo o que a minha mãe tinha passado viemos a saber que ela se tinha voltado a encontrar com o Pedro... Ficámos muito chateados, claro, e desde aí uma das minhas irmãs não fala com a minha mãe. Dias depois saía um paparazzi deles juntos no parque, nesse dia, e percebemos que teria sido uma coisa combinada".
AMOR ASSUMIDO MAS DE ALTOS E BAIXOS
Ao longo de sete anos, António Pedro Cerdeira e Susana da Silva viveram um romance de altos e baixos. Chegaram a aparecer juntos publicamente, mas depois passavam-se temporadas sem que fossem vistos lado a lado, levantando rumores de que o amor tinha arrefecido.
No entanto, dentro de portas, tudo fervilhava, com o agora ex-casal a apresentar queixas mútuas de violência doméstica - de certa forma à imagem do que aconteceu com Johnny Depp e Amber Heard.
Ela garante ter sido agredida violentamente pelo ator ao longo dos vários anos de relação e afirma que Cerdeira tinha uma personalidade castradora e ciumenta. Ele, por seu turno, afirma ter sido ele o agredido e que as cenas de ciúmes se repetiam por parte de Susana.
Em breve, os dois irão enfrentar-se em tribunal, num caso que promete dar muito que falar.