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Harry e Meghan: com um polémico livro na calha, o que se pode esperar do futuro dos duques de Sussex?

Só querem paz, mas está complicado. O livro de memórias do príncipe Harry promete voltar a agitar a família real britânica, depois de um período de tranquilidade, e permanecem as dúvidas de estabilidade devido à dependência em Meghan. Ninguém disse que cortar as raízes era fácil, pois não?
Afonso Coelho
Afonso Coelho
29 de julho de 2021 às 23:31
Meghan Markle
Meghan Markle
Meghan Markle e Harry
Kate Middleton
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Meghan Markle
Meghan Markle e Harry
Meghan Markle e Kate Middleton
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Meghan Markle e Kate Middleton
Meghan Markle e Príncipe Harry
Meghan Markle
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Meghan Markle
Meghan Markle e Harry
Kate Middleton
Meghan Markle
Meghan Markle e Harry
Meghan Markle e Kate Middleton
Meghan Markle e Kate Middleton
Meghan Markle e Príncipe Harry
Meghan Markle

19 de maio de 2018: os holofotes do mundo viravam-se para capela de St. George, onde o príncipe Harry, filho do príncipe Carlos e da princesa Diana, se casava com Meghan Markle, uma atriz conhecida de muitos por participar na série ‘Suits’, que se tornava assim parte da família real, parte do universo dos reis e rainhas, como muitos sonham desde que são crianças.

Contudo, longe se estava de imaginar que aquele momento iria causar uma ferida profunda na monarquia britânica. Pouco menos de três anos depois do momento mais feliz das suas vidas, Harry e Meghan sentavam-se à conversa com a lenda da televisão norte-americana, Oprah Winfrey, onde revelaram algumas das razões que levaram à saída do casal da família real, naquele que foi denominado como ‘Megxit’, incluindo uma alegação de que um familiar havia mesmo perguntado a Harry o quão escuro iria ser o tom de pele do primeiro filho do casal, Archie.

Príncipe Harry, Meghan Markle
Príncipe Harry, Meghan Markle

Para os duques de Sussex não havia volta a dar, não só não pretendiam voltar a um lugar que consideravam nefasto – principalmente Harry, que já referiu que pretendia terminar com o ciclo de "dor genética" que se criou no seio da família – como já haviam irremediavelmente destruído qualquer hipótese de empatia por parte do povo britânico, efetivamente, Harry e Meghan são atualmente a segunda e terceira personalidades menos populares da realeza, de acordo com o mais recente inquérito YouGov, com 31% e 32%, respetivamente, apenas à frente do príncipe André, cujos escândalos sexuais reduziram a sua percentagem a 10%.

Um cenário muito diferente do irmão de quem outrora era inseparável, William, e de Kate, ambos acima dos 60%, que reúnem uma simpatia bem maior com a população.

A realidade é que, no que concerne a possibilidade de futuras interações com a família real, e ainda que tenha evitado esse cenário em tempos recentes, existe uma expectativa grande sobre um regresso de Meghan ao Reino Unido – terras que não pisa desde que abandonou de vez a realeza, em março do ano passado, quando partiu para os Estados Unidos – e, considerando as ‘obrigações’ reais do príncipe Harry, também elas incontornáveis, é bem provável que se materialize num futuro próximo.

jornais, harry, meghan, entrevista
jornais, harry, meghan, entrevista Foto: Getty Images

BEBÉ POR APRESENTAR À FAMÍLIA REAL

Aponta-se, por exemplo, que, no próximo mês de setembro, exista uma segunda homenagem à princesa Diana – a primeira, em que os protagonistas foram os filhos da princesa de Gales, Harry e o irmão, William, teve lotação limitada devido às regras sanitárias em vigor – ainda que seja um obstáculo a dificuldade em conciliar o acompanhamento ao seu marido com cuidar de Lilibet, que ainda terá três meses. Facto é que a família real ainda não conheceu pessoalmente a segunda descendente de Harry e Meghan, que, apenas esta segunda-feira, foi adicionada à linha de sucessão real.

O próximo passo em direção a um futuro longe da monarquia começou a desenhar-se a partir da casa dos duques de Sussex em Montecito, na Califórnia, onde atualmente vivem já não apenas com Archie, mas agora também com Lilibet. O mediatismo obviamente ajudou e, dessa forma, o casal fechou acordos com múltiplas empresas de grande dimensão para que lhes fosse providenciada uma plataforma para futuros projetos.

CONTRATOS... BEM LONGE DA CORTE 

Através da sua organização, a Archewell, ligaram-se ao Spotify – ainda que o volume de produção de conteúdos até ao momento, cingindo-se a só um episódio de um podcast, esteja a deixar descontentes os responsáveis da plataforma sueca – e à Netflix, para a qual já estão a planear vários projetos, inclusive tendo já elegido um líder para os mesmos na figura de Ben Browning. Estima-se que o valor destes negócios ultrapasse os 100 milhões de dólares, com a maior fatia a advir da plataforma de filmes e séries.

Meghan, Harry, William, Kate
Meghan, Harry, William, Kate Foto: Getty Images

Os duques de Sussex participaram também no evento ‘Vax Live’, em maio, no qual discursaram no sentido de encorajar à distribuição de vacinas pelo mundo todo, assim como se têm notabilizado pelo seu trabalho de caridade, no qual, por exemplo, já este mês, distribuíram caixas de fraldas à instituição Harvest Home, para serem distribuídas pelas mulheres sem-abrigo de Los Angeles. Ademais, Harry colaborou com Oprah Winfrey para a série documental ‘The Me You Can’t See’, dedicado à saúde mental. Este conjunto de iniciativas faz crer que o casal continuará a participar ativamente em ações deste género, assumindo-se como personalidades conscientes a nível social.

O LIVRO DA POLÉMICA 

No entanto, as notícias que dão conta de que o príncipe Harry esteja atualmente a redigir um livro de memórias, como parte de um acordo de quatro livros no valor de 20 milhões de libras com a editora Penguin, prometem fazer regressar à família real uma turbulência que se tem mantido controlada nos últimos tempos. Em adição, segundo o Daily Mail, está planeado que o segundo livro de Harry seja escrito após a morte da sua avó, a rainha Isabel II, e que Meghan escreva também um livro no género de lifestyle – um tema nuclear do seu agora extinto blogue dos tempos de atriz ‘The Tig’ – ela que, recorde-se, lançou recentemente um livro de histórias infantis intitulado ‘The Bench’.

Príncipe Harry, Meghan Markle
Príncipe Harry, Meghan Markle Foto: Getty Images

Independentemente do que aconteça nos próximos capítulos desta história, é difícil de imaginar que Harry, de 36 anos, e Meghan, de 39, não sejam parte integrante da esfera pública em tempos vindouros, e que não tenham um impacto indelével na era contemporânea da monarquia britânica, assumindo-se como símbolos de uma inesperada rebeldia contra um sistema cada vez mais divisivo, que para uns se constitui como anacrónico e para outros como fascinante. Acima de tudo, o futuro está nas suas mãos e são eles que se encontram como comandantes dos seus próprios destinos, e se, para a californiana, isto não se constitui como uma novidade significativa, para Harry pode ser uma oportunidade de ouro para mudar o rumo de uma vida que, qual alegoria de Platão, se cingiu, durante a maior parte da sua vida, a uma constrita realidade da qual, no seu entendimento, foi libertado pela sua cara-metade.

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