O sorriso de Charlene teima em não aparecer e não falam novos motivos à princesa para surgir com o semblante carregado. De acordo com a imprensa monegasca, não é o facto de o filho fora do casamento do marido vir a público tecer novas declarações que tira o sono à sul-africana, mas sim o facto de ter perdido a única pessoa que a apoiava no Palácio.
Tudo aconteceu no início do verão quando Alberto, que assumiu em 2005 o controle do principado após a morte de seu pai, o príncipe Rainier III, se viu obrigado a demitir o consultor financeiro de confiança, Claude Palmero, e ainda o chefe de gabinete Laurent Anselmi.
As demissões aconteceram depois de um site anónimo ter denunciando a corrupção institucional no país, nos chamados 'Les dossier du Rocher', que revela um mega escândalo de corrupção nos últimos 50 anos, no território com a maior taxa de multimilionários do mundo, apesar de lá residirem oficialmente cerca de 38.000 almas.
Perante o escândalo financeiro, não havia volta a dar e Alberto viu-se obrigado a tomar decisões drásticas, mas a verdade é que, ao fazê-lo, deixou a mulher ainda mais fragilzada, uma vez que Claude Palmero era a única pessoa em quem Charlene confiava no Palácio.
DÁ-LHE A MÃO APÓS CASAMENTO
A verdade é que Charlene e Claude Palmero se conheceram pouco depois do casamento da princesa com Alberto, e numa fase em que a princesa se sentia particularmente fragilizada. Sentia que no Palácio vivia "num ninho de serpentes" e sentia que não podia confiar em ninguém.
A aproximação ao braço-direito do marido acabou por ser natural, com Charlene a sentir que tinha ali um ombro em quem podia confiar, com a empatia entre os dois a ser imediata.
Começava então uma amizade que sobreviveria a tudo e que atingiu o seu expoente máximo quando Charlene adoeceu gravemente, em 2021, na África do Sul, e Palmero era a única pessoa que a visitava no seu país de origem, com rumores a darem conta de que o casamento com o príncipe Alberto estava então à beira do fim.
Além da amizade à princesa, Claude Palmero demonstrava então interesse na África do Sul, acreditando que a mulher do príncipe Alberto lhe poderia abrir portas a investimentos milionários que pretendia fazer no país.
SEGREDOS AMEAÇADOS
Ao desopedir o consultor financeiro na sequência do iminente escândalo fiscal, Alberto comprou uma guerra com Claude Palmero, que interpôs uma ação contra a família monegasca em tribunal, exigindo uma indemnização milionária pelo despedimento abrupto.
Mas não é apenas a avultada quantia que preocupa a família real, mas sim as ameaças do funcionário em expôr todos os segredos de Charlene em tribunal. Há quem diga que, durante os anos de amizade, a princesa lhe contou mais do que devia, e que, frustrado com a forma como a ligação ao clã terminou, Claude não terá qualquer problema em revelar os segredos mais privados da princesa.
Tudo somado, são novos motivos de preocupação para Charlene, que se encontra cada vez mais triste e isolada no Palácio, e sem grandes motivos para sorrir.
