
Mesmo que o Palácio Grimaldi continue a desmentir, os sinais são cada vez mais óbvios. Charlene e Alberto vivem um casamento de fachada. Não moram sob o mesmo teto, pois enquanto ele se mantém no palácio de Monte Carlo, ela não tem residência conhecida. Há quem diga que viverá em Itália ou na Suíça e que só vai ao principado quando a sua presença, como primeira-dama do país, é estritamente necessária. Há também quem assegure que a ex-nadadora olímpica encontrou o seu refúgio na mesma propriedade que era também o refúgio da sua falecida sogra, a princesa Grace. Falamos de Roc Angel, uma quinta com cerca de 56 hectares que Rainier e a diva de Alfred Hitchock adquiriram em 1957. A casa foi construída ao gosto da princesa e era ali, na pequena localidade francesa de Peille, que a família real do Mónaco passava as férias de verão. Diga-se que Grace Kelly morreu num acidente de viação quando se dirigia de Roc Angel para Monte Carlo.
A somar ao facto de não viveram na mesma casa, correm rumores de que tanto Charlene como Alberto já refizeram a sua vida amorosa, ou seja, ao que parece ambos terão uma vida paralela – que supostamente é conhecida e aceite – mas que perante o público têm a obrigação de se fingir apaixonados e felizes. A ex-atleta olímpica viverá um affair com um oligarca russo. Será ao lado deste multimilionário que terá recuperado o sorriso e a vontade de viver. Trata-se de Vladislav Doronin, o magnata que namorou durante cinco anos com Naomi Campbell. Foi ele que esteve ao lado da princesa quando ela estava internada numa clínica na Suíça e vivia os seus dias mais tenebroso devido ao seu delicado estado de saúde. Os dois já manteriam uma amizade há alguns anos – o russo esteve inclusivamente no casamento de Charlene e Alberto como convidado –, mas o amor terá nascido nesses tempos mais recentes e de maior fragilidade emocional e física da princesa monegasca.
TRIÂNGULO OU QUADRADO AMOROSO? Não se sabe se Charlene já partilha casa com Vladislav – o que será pouco provável, mesmo que se venha a confirmar que estão de facto a viver uma paixão – mas uma coisa é certa: a ainda mulher de Alberto do Mónaco já não usa aliança. Ainda há poucas semanas foi apanhada em Milão sem o símbolo do seu casamento no dedo. Também não se sabe o que estava a princesa a fazer em Milão e porque estava a entrar para o hotel Four Seasons. Será esse o seu "ninho de amor"? Estaria em Itália acompanhada do russo? O palácio mantém o silêncio sobre este assunto e não justifica sequer a ausência de Charlene no 65.º aniversário do príncipe regente. Apenas ele e os dois filhos do casal, os gémeos Jacques e Gabriella, assomaram à varanda para saudar os súbditos que quiseram felicitar Alberto.
TRIÂNGULO OU QUADRADO AMOROSO?
E por falar em evidências. Surgem agora notícias que dão conta que também Alberto – que se terá cansado de esperar por Charlene – terá uma relação extraconjugal. E pasme-se, dizem as más línguas que o príncipe manterá uma relação com a "rainha do burlesco", nada mais nem menos, do que a conhecida Dita von Teese. Ela terá sido contratada para abrilhantar o Baile da Rosa de 2022, mas já nessa altura haveria uma ligação mais íntima com o filho de Rainier e Grace Kelly. A jornalista alemã Anika Helm assegura que Alberto de Mónaco e Dita já se conhecem há vários anos e que os dois mantêm encontos secretos desde que ela apresentou o seu espetáculo ‘The Art of the Teese’ na Ópera de Monte Carlo. A ser tudo isto verdade, levanta-se a questão: por que é que o casal se mantém casado e permite a existência de triângulos ou de quadrados amorosos?
AS PERDAS QUE UM DIVÓRCIO IMPLICA
A questão é precisamente essa e a resposta será muito difícil de obter já que é pouco provável que os dois protagonistas venham alguma vez a admitir que vivem apenas e só um casamento de fachada. Mas tentando aproximar-nos da verdade dos factos, podemos dizer que Charlene é quem mais teria a perder com o divórcio. Há várias fontes a garantirem que a sul-africana só aceitou regressar ao Mónaco – depois de uma prolongada ausência – para ter os filhos juntos de si, mas que estava decidida a não regressar à vida pública. Os seus (supostos) problemas de saúde eram a melhor desculpa para permanecer na sombra. Só que Alberto, pressionado por todas as frentes, não aceitou esta decisão da sul-africana. Foi então revelado que Alberto aceitou pagar a Charlene 12 milhões de euros por ano. Uma quantia depositada numa conta da princesa a troco de ela representar a casa real sempre que lhe é exigida. A acontecer um divórcio, a princesa deixava de ter acesso aos muitos milhões de euros.
Mas não teria apenas que arcar com um rombo na sua conta bancária. Jacques e Gabriella também deixariam de estar sob a sua alçada, algo que parece já ter acontecido. Uma vez que Charlene não mora no Palácio Grimaldi, significa que também não vive com os filhos, pois eles continuam em Monte Carlo junto do pai. Ainda assim, um divórcio oficial poderia vir a dificultar um contacto mais direto com os gémeos, algo que pode atormentar esta mãe. Por fim, perderia também o estatuto de princesa. E por muito que não goste das responsabilidades e dos compromissos oficiais que a função implica, a sul-africana não despreza todas as mordomias e benesses que ser mulher do príncipe Alberto lhe oferece. Contudo, um divórcio trar-lhe-ia a liberdade desejada. A possibilidade de poder seguir a vida como bem entendesse e deixar de vez de representar uma felicidade que não sente de todo. Talvez deixasse de ser a "princesa triste" para ser a "Charlene feliz".
UM SACRIFÍCIO EM NOME DA COROA
E Alberto o que ganha ele com este casamento de fachada pelo qual tem de desembolsar tantos milhões para manter a mulher a sorrir a seu lado? Teria sido fácil para o príncipe do Mónaco divorciar-se da mãe dos seus filhos. Ela passava por uma grande fragilidade psicológica e as crianças já estavam habituadas a viver longe de Charlene. Contudo, Alberto fez exatamente o contrário. Fez de tudo para que a mulher recuperasse a sua estabilidade emocional. Escolheu-lhe uma das melhores clínicas na Suíça para que pudesse descansar e assumiu todas as tarefas com os gémeos. Foi pai e mãe. É verdade que contou com o apoio e a ajuda das irmãs, Carolina e Stephanie, mas ainda assim, não vacilou. Esperou pacientemente por Charlene. Esperou que ela se desse por capaz de voltar para junto da família. Que voltasse enfim para casa. E tem aguentado exigências e ausências. Diz-se que o faz pelo bem da coroa. Acredita que a ideia de um casal ajuda a reforçar o principado e a fortalecer o caminho do filho, Jacques, até ao trono.