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THE MAG - 2024 o ano de todas as mudanças

O 'annus horribilis' de Letizia: traição exposta, guerras com o marido e até um banho de lama. Como ela resistiu com o casamento no limite

2024 chega ao fim e para os reis de Espanha a sensação é de que podia ser apagado da história. Acusada de trair Felipe com o ex-cunhado, Letizia lutou para manter a imagem pública e o casamento que ameaçava ruir. Hoje, especialistas em realeza dão conta que o matrimónio acabou, está 'roto', como se diria no país vizinho, mas que entre o deve e o haver vão ganhar sempre as aparências. As cronologias de um ano negro, que nem o melhor vidente algum dia poderia adivinhar.
Rute Lourenço
Rute Lourenço
26 de dezembro de 2024 às 21:49
Letizia e Felipe VI
Letizia e Felipe VI

Se há um par de anos, os reis de Espanha pensavam que, provavelmente, o momento em que os escândalos de corrupção e fraude de Juan Carlos e a exposição do seu rol de amantes ficariam para a história como os tempos mais duros que viveriam na casa real espanhola, 2024 mostrou-lhes que estavam muito, muito errados. 

De repente, o inimaginável aconteceu. A bomba vem a público em primeira instância no livro de Jaime Penafiel e depois através da própria conta do X de Jaime del Burgo, antigo cunhado de Letizia, que garantia ter tido uma relação entre 2010 e 2011 com a rainha, já então casada com Felipe VI. O antigo cunhado de Letizia, ex-marido da sua irmã Telma, denunciava, então, uma situação que causaria o maior embaraço na Casa Real. 

Letizia soube que o caso iria ser tornado público em outubro, na véspera do 18.º aniversário de Leonor, e viveu com o coração nas mãos até ao final do ano, altura em que se tornou impossível conter a polémica. Explodiu primeiro nos meios de comunicação internacionais e só depois em Espanha e a cada notícia esperava-se uma reação oficial do Palácio, que nunca chegou. Mais do que nunca, os olhos colocaram-se nos reis, nas suas dinâmicas, na forma como olhavam e falavam um com o outro, questionou-se se o casamento iria resistir, mas os meses passaram e a única resposta que os monarcas conseguiram dar foi o facto de seguirem juntos.

Mas a que preço? Depois das infidelidades de Letizia virem a lume, os especialistas em realeza cavaram mais fundo e tudo o que se descobriu (verdade ou meramente especulativo) não foi propriamente abonatório para a imagem de uma rainha que, bombardeada por todos os lados, cambaleou mas nunca capitulou. A elegância do silêncio foi a sua melhor arma e, concertado ou fachada, as idas ao cinema com o rei, aquele gesto mais carinhoso aqui e ali, serviram para mostrar que, mesmo que não estivesse tudo bem, mesmo que dentro do Palácio a conversa fosse outra, os espanhóis podiam estar descansados porque não ia haver nenhum divórcio real.

Para a maioria dos especialistas em realeza, a crispação é uma realidade. Dentro das paredes de Zarzuela, Letizia e Felipe já não são um casal, não se podem ver. Cumprem obrigações, um protocolo, um contrato, mas o casamento há muito que acabou. Só o sentido de dever real os impede de avançarem para uma separação definitiva, que lhes permitiria seguirem com a sua vida, numa altura em que ainda se poderiam refazer sentimentalmente (ambos estão na casa dos 50).

Há quem diga que o fazem na mesma, mas pela calada, que ali basta que pareçam sérios, não têm efetivamente de o ser. Se o casamento é de fachada, o acordo será que bem longe dos olhares indiscretos ambos possam fazer o que lhes dá na cabeça e notícias recentes dão mesmo conta que Letizia anda encantada com um empresário de topo de Madrid, enquanto o rei também terá as suas amigas não oficiais, como que num legado do pai que nunca imaginou repetir.

Todos os dias há relatos de discussões no Palácio, ora porque a relação entre os reis é insustentável, ora porque a rainha não suporta a família do marido, porque controla calorias, as ementas e aquilo que se come ou até porque a mãe dela foi apanhada a roubar comida (?), tudo parece quase argumento de filme. Nesse imaginário, Letizia aparece quase como uma pequena ditadora em potência, a má da fita, enquanto a Felipe VI tudo é perdoaodo. Mesmo que ele próprio também tenha os seus deslizes no matrimónio, nunca ninguém se esquece que o pontapé de saída foi dela, e logo com o ex-cunhado, o que torna o peso da traição ainda maior. 

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Rei de Espanha não contém a emoção nas celebrações de 10 anos de reinado

Em 2024, muitos afirmavam que Letizia e Felipe VI iriam mesmo avançar para o divórcio, que a realeza dos tempos modernos passa por dar também um exemplo de que a vida no palácio tem problemas comuns aos que se vivem nas outras casas, mas a 'instituição' ganhou e o casal continua a viver a sua alegre fachada.

CONTESTAÇÃO E UM BANHO DE LAMA

O ano trouxe mais cabelos brancos aos reis, levou as filhas, Sofia e Leonor, a crescerem mais e mais depressa, mas o escândalo da traição seria apenas uma das alíneas de um 2024 de má memória que, por Felipe e Letizia, seria apagado do calendário. Já a chegar ao final do ano, e numa altura em que pensavam que nada mais os poderia derrubar, eis que uma situação tensa os faria viver o momento público mais duro desde que subiram ao trono.

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Os momentos mais duros de Felipe e Letizia em Paiporta

Vários dias depois de as cheias terem arrasado Valência, os reis desceram finalmente do seu pedestal para verem com os seus próprios olhos qual era a real situação no terreno. Mas o povo é soberano, tem memória e não gostou que Felipe e Letizia só dessem a cara tanto tempo depois, que os tenham deixado ao abandono e à sua sorte. A reação fez-se sentir com ira e revolta, uma explosão de raiva. Gritaram-se palavras de ordem, os espanhóis irados caíram em cima dos reis, atiraram-lhe bolas de lama, num momento delicado que fez certamente Felipe e Letizia repensarem a sua postura pública.

No meio disto tudo, o ano acaba finalmente, não sem antes mais uma polémica a ser protagonizada no Palácio onde a típica ceia natalícia não teve só filhós e Bolo Rei, mas também uma boa dose de gritaria a mostrar que 2025 promete... pelo menos para as notícias do coração.

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