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O duro confronto com a realidade. Manuel Luís Goucha prepara nova fase do luto e ganha forças para cumprir a última vontade da mãe

Com o reality show que apresenta a chegar ao fim, o apresentador depara-se finalmente com uma agenda mais leve que lhe trará mais tempo para lidar com a perda da mãe, iniciar o luto e satisfazer o último pedido de Maria de Lurdes. Nos silêncios e meses duros que tem pela frente, conta com o abraço incondicional do marido, Rui Oliveira.
Rute Lourenço
Rute Lourenço
05 de setembro de 2024 às 23:57
Manuel Luís Goucha
Manuel Luís Goucha

Com o 'Dilema' a chegar ao fim, Manuel Luís Goucha depara-se, agora, com uma agenda que tem, subitamente, mais espaços em branco. Retoma, então, as suas rotinas, somente com o programa das tardes, e ganha mais tempo livre, numa altura em que passa por uma fase de mudanças na vida como até aqui a conhecia.

Depois de ter perdido a mãe, Maria de Lurdes, em agosto, a estrela da TVI mal teve tempo para iniciar o processo de luto porque, no fundo, nunca deixou de trabalhar, com exceção do dia do funeral. E apesar de há muito se ter vindo a preparar psicologicamente para a morte da mãe, que chegou aos 101 anos com saúde, haverá ainda muitas lágrimas por chorar e coisas para assimilar nesta nova fase. Até porque, como o próprio fez saber, continua a descobrir novas facetas daquela que sempre foi a mulher da sua vida, sobretudo através da carta que a mãe lhe deixou. "Acho que estou a gerir o luto serenamente, consciente da mãe que tive, da mãe que estou a descobrir, porque há a carta que ela nos deixou (a Manuel Luís Goucha e ao irmão), escrita há 21 anos, e depois há facetas dela que vamos descobrindo, que ela não verbalizava, como aquela carta", contou à 'TV7 Dias', acrescentando que isso também o vai ajudando tanto no processo de luto como manter a memória da mãe sempre próxima e viva.

Apesar de viverem a uma distância de Lisboa para Coimbra, Manuel Luís Goucha e a mãe não passavam um dia sem saberem um do outro, partilhavam diariamente confidências ao telefone, punham a conversa em dia e o apresentador tinha em Maria de Lurdes a sua maior fã. É esse silêncio do telefone, que já não toca, que a estrela terá agora de aprender a digerir, bem como a nova condição de orfandade que a partida deixa em aberto.

Apesar de tudo, Manuel Luís Goucha revela, aos 69 anos, esta serenidade e também sabedoria em relação à vida e assegura que não vá saltar etapas do luto. Cada coisa será feita a seu tempo e por cumprir está ainda a última vontade da mãe, que gostaria que as suas cinzas fossem espalhadas no mar. "Não vou ficar com as cinzas. Faço questão de cumprir a vontade dela, que é deitá-las ao mar. Agora estão comigo. Todos os dias lhe dou um beijo", conta, na mesma entrevista, sem pressas para realizar esse momento solene. 

Sabe que irá acontecer ao longo dos próximos tempos, mas não estabeleceu uma data para cortar essa espécie de 'cordão umbilical', que de momento lhe tem dado alguma força. "Agora apetece-me ficar com ela, mas um dia, talvez para o ano, no inverno, vou deitá-la ao mar. Sei que é ilegal na terra onde ela nasceu (Figueira da Foz), mas gostaria de fazer isso com o meu irmão, sobrinhos, cunhada e o Rui. Mas agora gosto muito de sabê-la ali e dar-lhe um beijo todos os dias de manhã."

O ABRAÇO DO GRANDE COMPANHEIRO

Numa fase mais reflexiva, Manuel Luís Goucha rodeia-se dos seus - os mesmos de sempre - um círculo muito fechado ao qual, por vezes, lá vai abrindo uma ou outra exceção, para deixar entrar mais alguém, que fura aquela barreira e acaba por o conquistar. Nas cerimónias fúnebres da mãe, essa concha do apresentador ficou ainda mais visível. Só lá estava  o marido, o apresentador da CMTV Rui Oliveira, a família chegada, e dos rostos com quem foi privando na televisão apenas marcaram presença Júlia Pinheiro e José Eduardo Moniz.

Apesar da cordialidade com que pauta os seus relacionamentos no trabalho, são poucos aqueles que conhecem Goucha como ele verdadeiramente é, para lá das câmaras e desta aura de brilho que o entretenimento lhe traz. No entanto, quem finalmente entra na sua vida, tem o coração de Goucha por inteiro. 

Aconteceu com Júlia Pinheiro, uma amiga de todas as horas, e com o marido Rui Oliveira, com quem mantém uma relação há 25 anos e que está sempre lá, em todos os momentos. "O Rui esteve sempre lá a olhar por mim e era o abraço que me faltava. Esteve sempre a abraçar-me com os olhos", salientou sobre o companheiro que escolheu para a sua vida e com quem tem sabido navegar nos bons e nos maus momentos.

Rui terá também, certamente, um papel-chave ao longo dos próximos meses, em que Manuel Luís Goucha terá necessariamente de se reiventar, viajar para ver coisas belas, como tanto gosta, e unir-se à família que ainda tem, porque em todas as partidas há também uma sensação de urgência, como que um dever, em, de repente, abraçar os cá ficam, honrando, desta forma, aqueles que já cá não estão.

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