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Resguardado em casa, sem poder andar como antes. Qual é o estado atual de Pinto da Costa, que o impede de levar a mesma vida dos últimos meses

Antigo presidente portista fraturou o fémur e vê cancro progredir, deixando-o numa situação mais frágil. O conselho é para se resguardar e proteger, o que o impede, no entanto, de viver a vida como tinha imaginado e o confronta de uma forma mais vívida com os seus próprios demónios.
14 de novembro de 2024 às 23:07
Cláudia Campo, Zulmira Garrido e Jorge Nuno Pinto da Costa
Cláudia Campo, Zulmira Garrido e Jorge Nuno Pinto da Costa
Pinto da Costa com Nuno Azinheira
Jorge Gabriel, Nuno Azinheira, Zulmira Garrido, Fernando Rocja e Fernando Póvoas, no almoço com Pinto da Costa
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Cláudia Campo, Zulmira Garrido e Jorge Nuno Pinto da Costa
Pinto da Costa com Nuno Azinheira
Jorge Gabriel, Nuno Azinheira, Zulmira Garrido, Fernando Rocja e Fernando Póvoas, no almoço com Pinto da Costa

Os últimos meses assumiram-se como extremamente desgastantes para Pinto da Costa que, desde que deixou a presidência do FC Porto, tem visto a sua saúde a deteriorar-se, não lhe dando tréguas. A lutar contra um cancro na próstata há cerca de três anos, o antigo homem forte dos dragões começou a ressentir-se mais da doença ao longo dos últimos tempos, o que o levou também a mudar a sua perspetiva perante a vida, desfrutando mais de convívios com amigos, ou outras coisas que sempre gostou de fazer como assistir a espetáculos de fado ou outros apontamentos culturais.

Meses intensos que culminaram, há cerca de duas semanas, com o lançamento do seu livro, 'Azul Até ao Fim', para o qual convidou centenas de amigos, que encheram o Edifício da Alfândega do Porto que, de repente, foi palco de muitas emoções e de uma homenagem sentida a Pinto da Costa.

Foi pouco depois desse momento que o ex-dirigente veria a sua saúde a complicar-se. Segundo foi possível apurar, sofreu uma fratura no fémur e neste momento encontra-se com a mobilidade muito reduzida, sendo que a ordem é para que se resguarde ao máximo em casa.

"Não tem saído, as pessoas é que têm ido lá", diz uma fonte próxima de Pinto da Costa, acrescentando que este estado clínico não é uma surpresa, já era esperado e corresponde à evolução natural da doença, que já não pode ser tratada. "Neste momento, o cancro já está espalhado, portanto é expectável este agravar do estado de saúde. Está numa situação mais frágil, mas continua estável, a estar bem-disposto com a família e amigos."

Uma das últimas visitas que recebeu em casa foi do antigo presidente do Benfica Luís Filipe Vieira. Antes de os assuntos do futebol os afastarem, os dois eram extremamente amigos, passavam férias juntos, mas acabariam por cortar relações quando ambos estavam na presidência dos respetivos clubes. Agora longe dos palcos desportivos e com uma maior consciência da finitude da vida que a doença trouxe a Pinto da Costa acabariam por voltar a estreitar laços, esquecendo tudo aquilo que disseram ou fizeram no passado, com a troca de insultos a marcar a relação entre os dois.

A DOR PELO FILHO

Aos 86 anos e perante a gravidade da doença, os amigos admitem que Pinto da Costa começou a 'amolecer'. Agora de lágrima fácil, está mais emotivo, fala muito do desejo de reencontrar a mãe e os irmãos que já partiram, mas também tem deixado algumas pistas sobre a forma como gostaria de deixar este mundo reconciliando-se com o filho, Alexandre, com quem está de costas voltadas há cerca de dois anos.

Ainda assim, apesar do duro diagnóstico, a verdade é que este não teve o condão de voltar a unir pai e filho, desavindos por causa de assuntos ligados ao futebol e à transferência de jogadores.

Enquanto o filho tem estado ausente, Joana faz o papel dos dois e tem sido uma das grandes forças de Jorge Nuno Pinto da Costa, assim como a mulher, Cláudia, que o antigo presidente já admitiu ser um fator de alegria na sua vida. A bancária conseguiu inserir-se na família do companheiro como nenhuma outra mulher e mantém uma excelente relação com a filha de Pinto da Costa.

No entanto, à medida que a saúde do ex-presidente azul e branco se degrada, outros assuntos começam a pairar no ar, como o tema da herança. No seu livro de memórias, Pinto da Costa abordou o assunto e assumiu estar preocupado com uma eventual guerra entre os filhos quando já cá não estiver.

"Neste momento, duas preocupações enchem a minha cabeça e o meu coração. Na minha falta, como será o relacionamento dos meus filhos? Como se vão entender na divisão dos meus bens?", questionou, deixando-lhes o mesmo conselho que a própria mãe lhe deu na sua despedida. "Já lhes lembrei o que a minha querida Mãe nos dizia, a mim e aos meus irmãos: 'Entendam-se, senão metade do que vos deixo será para os Tribunais e advogados. Sábias palavras, que todos seguimos, e tudo dividimos sem o mínimo atrito."

Apesar da consciência da gravidade da situação, Pinto da Costa assume viver um dia de cada vez e que o grande objetivo é poder celebrar os 87 anos, no dia 28 de dezembro, com a família toda unida ao seu lado.

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