
Cristiano Ronaldo não consegue ter paz. Numa altura em que está feliz em casa, com Georgina Rodríguez grávida de gémeos – e estrela internacional com o documentário da Netflix, 'Eu Georgina' –, focado na carreira, com os golos a voltarem a sorrir-lhe – ao marcar frente ao Brighton, quebrando o jejum de seis jogos sem vencer –, o pesadelo 'Mayorga' volta a atormentar o internacional português de 37 anos de idade.
"Ninguém desiste e só há uma maneira de voltar ao caminho certo: trabalho duro, trabalho em equipa, trabalho sério. Tudo o resto é apenas barulho", escreveu nas redes sociais após a vitória do Manchester United, na mesma semana em que surgem novas notícias relacionadas com o caso Kathryn Mayorga.
"Ninguém desiste e só há uma maneira de voltar ao caminho certo: trabalho duro, trabalho em equipa, trabalho sério. Tudo o resto é apenas barulho"
De acordo com o 'The Sun', a polícia que investigou Cristiano Ronaldo por uma alegada violação à norte-americana acredita ter provas suficientes para prender e acusar o craque português. No entanto, segundo o jornal inglês, a acusação foi anulada por um alto funcionário. Os agentes chegaram a ter um mandado de detenção assinado, mas um procurador do Nevada impediu que a ação avançasse.
Segundo o 'The Sun', a informação foi revelada pelos advogados de Kathryn Mayorga em setembro do ano passado, mas só agora isso foi tornado público. As alegações apontam Steve Wolfson como o procurador de Las Vegas que rejeitou a prisão de Cristiano Ronaldo, alegadamente sem apresentar qualquer argumento.
O jornal teve acesso a uma transcrição do tribunal em que a advogada de Mayorga, Leslie Mark Stovall, afirma que "quando [o mandado de detenção] foi enviado ao escritório do procurador, o senhor Wolfson rejeitou a execução". "Ele não explicou a razão e qualquer coisa, qualquer argumento, é só especulação. (...) A polícia acreditava ter um caso de agressão sexual e o procurador decidiu que não", refere ainda o documento.
Em julho de 2019, depois de a polícia rever o caso que remonta a 2009, Steve Wolfson disse não haver provas suficientes para alegar que Cristiano Ronaldo teria violado a ex-professora Kathryn Mayorga. O jogador português sempre negou qualquer acusação de agressão e garante ter tido relações sexuais consentidas com a norte-americana.
64 MILHÕES DE EUROS DE INDEMNIZAÇÃO
Em abril de 2021, Kathryn Mayorga interpôs uma ação civil em tribunal exigindo uma indemnização compensatória de 64 milhões de euros, dividida em três partes iguais: cerca de 21,2 milhões pela "dor e sofrimentos passados", outro tanto "pela dor e sofrimento futuros", e mais 21,2 milhões por danos punitivos. Somam-se despesas e honorários jurídicos no valor de 2,95 milhões de euros, para um total de 64,4 milhões.
Kathryn Mayorga alega ter sido violada por Cristiano Ronaldo em 2009, num quarto de hotel em Las Vegas, algo que o jogador nega totalmente, afirmando que a relação sexual que manteve com a antiga modelo foi consensual.
O caso foi revelado em 2018, na revista alemã 'Der Spiegel', depois de ter sido referido um ano antes entre as muitas revelações que sairam do caso 'Football Leaks'. Ronaldo negou veemente as acusações. "A violação é um crime abominável que vai contra o que sou e em que acredito", afirmou o jogador na altura.
"A violação é um crime abominável que vai contra o que sou e em que acredito"
Porém, em agosto de 2010, Cristiano Ronaldo assinou um acordo extra-judicial com Mayorga, no valor de 340 mil euros. A norte-americana comprometia-se a não avançar com uma queixa de abuso sexual. Passados três anos, Mayorga alegou estar "mentalmente incapacitada" quando assinou o documento.
RECOMENDAÇÃO PARA ARQUIVAMENTO DO PROCESSO
Em outubro de 2021, um tribunal de Las Vegas recomendou que o processo civil movido pela antiga professora contra Cristiano Ronaldo fosse arquivado. "Estamos contentes por ver que o tribunal reviu esta matéria e mostrou vontade de aplicar a lei aos factos, recomendando o arquivamento do caso civil contra Ronaldo", disse na altura o advogado de CR7, Peter Christiansen, citado pela 'Eurosport'.
O magistrado Daniel Albregts culpabilizou o advogado de Kathryn Mayorga, Leslie Mark Stovall, de basear de forma inadequada o processo por danos civis em documentos confidenciais roubados, referentes a comunicações entre Ronaldo e os seus advogados.
Segundo Albregts, o tribunal não tomou nenhuma decisão sobre se Ronaldo cometeu um crime e não encontrou evidências de que os seus advogados "intimidaram Mayorga ou impediram a aplicação da lei" quando a ex-professora retirou a queixa e aceitou o acordo de confidencialidade, no valor de 340 mil euros.
Em 2019, Ronaldo já tinha pedido para o processo cível ser arquivado, na sequência do encerramento do processo judicial, que corria na procuradoria de Clark County, no estado do Nevada, e que ilibou o futebolista português.
ENQUANTO ISSO... CONTINUA O AMOR DE GEORGINA RODRÍGUEZ
Com Cristiano Ronaldo de novo no olho do furacão, com a notícia do 'The Sun', de 15 de fevereiro, a avançar que a polícia de Las Vegas tinha provas para prender o jogador português e que um alto funcionário anulou a acusação, Georgina Rodríguez veio a público deixar uma mensagem subliminar que se acredita ser uma resposta a toda a polémica que mais uma vez ensombra Cristiano Ronaldo e, consequentemente, toda a família.
No dia 16, a espanhola usou as redes sociais para publicar uma citação de Will Smith. "Deixa de permitir que as pessoas que fazem tão pouco por ti controlem tanto a tua mente, os teus sentimentos e as tuas emoções", partilhou ao mesmo tempo que desejava as "boas noites" aos fãs.