
Não se esperam tempos fáceis para os Windsor após o rei Carlos III, de 75 anos, ter sido diagnosticado com um cancro. Poucos pormenores se sabem sobre o tumor, mas é evidente que uma doença oncológica nunca é fácil de combater. Os tratamentos necessários para lutar contra o cancro vão manter o monarca afastado de muitas das suas funções reais. A agenda do rei vai ter de ser toda reorganizada.
Também Kate Middleton, de 42 anos de idade, submetida recentemente a uma cirurgia abdominal, da qual se conhecem quase nenhuns pormenores, vai manter-se afastada da vida pública. Tem a agenda cancelada até à Páscoa. Assim, todos os olhares e atenções se viram para William, o herdeiro do trono e sucessor de Carlos III.
WILLIAM ASSUME MAIS RESPONSABILIDADES
Nicholas Witchell, correspondente real da BBC, não tem dúvidas de que o grosso do trabalho vai cair sobre os ombros do príncipe de Gales. Caberá a William assumir agora mais responsabilidades. Ele, que voltará ao trabalho amanhã, quarta, 7 de fevereiro, vai ter doravante de se responsabilizar pelos eventos e tarefas que estavam destinados ao pai. É um trabalho de acumulação que lhe vai complicar muito a vida.
Entretanto, e com esta notícia que deixou o mundo em choque, já há quem coloque a hipótese dos príncipes de Gales e os seus três filhos, os príncipes George, Charlotte e Louis, regressarem em breve a Londres. Recorde-se que ainda pouco tempo tinham deixado a capital para fixar residência em Windsor, mais propriamente em Adelaide Cottage, para que as crianças tivessem uma vida o mais normal possível. Mas os planos de William e Kate podem ter de ser todos alterados com a doença de Carlos III. A hipótese de fazerem o caminho inverso é, agora, uma forte possibilidade para a família.
O RISCO DE RESIGNAÇÃO DE CARLOS III
Sabe-se que os gabinetes e as equipas de trabalho tanto de William como de Kate ainda estão no Palácio de Kensington. Se William, em particular, tiver mais compromissos no futuro, é provável que os príncipes sejam obrigados a regressar à capital. Entretanto, já há quem fale num hipotético cenário de resignação de Carlos III, caso a doença o impeça de desempenhar as suas funções. Só que na coroa britânica a palavra "abdicar" é tabu. Rei coroado vai, em princípio, até à morte. Pelo menos assim tem sido, na grande maioria dos casos.
Mas, caso o monarca seja mesmo obrigado a abdicar, então, William será coroado rei. A seu lado estará Kate Middleton que se tornará rainha, tal como aconteceu no passado mês de maio com Camilla aquando da coroação de Carlos III na Abadia de Westminster, em Londres. George, por sua vez, assumirá o título de príncipe de Gales, e todos os membros da família real subirão um posto na linha de sucessão ao trono. Mas este cenário só se concretizará se, como referido anteriormente, a Carlos não restar outra hipótese que não resignar.
Recorde-se que a última vez que um rei abdicou no Reino Unido foi a 11 de dezembro de 1936. O rei Eduardo VIII resolveu deixar o trono por amor a uma mulher. Tratava-se de Wallis Simpson, uma norte-americana divorciada. Para poder casar com ela, Eduardo entregou o ceptro real ao seu irmão mais novo que se tornou, assim, no rei George VI. Se Eduardo não tivesse abdicado e tivesse tido filhos, Isabel nunca teria sido rainha. Ela que foi a monarca que mais anos esteve no trono de Inglaterra e foi a figura mais carismática do século XX.