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Zangados até ao fim. O único desejo que Pinto da Costa deixou expresso e que o filho Alexandre não cumpriu

A relação com o filho mais velho foi, sem dúvida, a grande mágoa que Pinto da Costa não conseguiu resolver. Apesar da aproximação no final da vida, as divergências nunca ficaram completamente sanadas e agora Alexandre é acusado de desrespeitar a derradeira vontade do pai.
Rute Lourenço
Rute Lourenço
03 de abril de 2025 às 20:30
Pinto da Costa; Alexandre Pinto da Costa
Pinto da Costa; Alexandre Pinto da Costa

O testamento de Pinto da Costa, divulgado esta quarta-feira, dia 2, pela revista 'Sábado', desvendou uma série de curiosidades sobre o património do portista, assente sobretudo em obras de arte, mas também uma mensagem sobre aquela que era a grande vontade do antigo presidente do FC Porto para aqueles que mais adorava.

"Que aqueles que o amam possam viver em harmonia, respeitando-se e apoiando-se mutuamente, como sempre procurou que acontecesse", pode ler-se no documento. Esta era, na verdade, uma preocupação que o apoquentava. Já o tinha referido no livro 'Azul Até ao Fim' e os amigos mais próximos sabiam dessa preocupação. Pinto da Costa tinha medo que a de paz podre que reinava na família se desmoronasse completamente após a sua morte. "No fundo, ele tinha consciência de que ele era o único fator da pouca união que alguma vez pudesse ter existido e que quando já cá não estivesse cá, podia começar uma guerra. Conhecia muito bem os filhos. Por isso deixou esse pedido expresso, para reforçar essa vontade", diz uma fonte.

Pinto da Costa e Alexandre Pinto da Costa
Pinto da Costa e Alexandre Pinto da Costa

No entanto, não se pode dizer propriamente que isso esteja a ser respeitado, uma vez que Alexandre não parece estar com meias medidas e cerca de um mês após a morte do pai avançou com um processo judicial contra a viúva, Cláudia Campo, no qual lhe exige milhões de euros e a acusa de ter desviado património. Algo que os mais próximos acreditam que, no fundo, não surpreenderia Pinto da Costa, uma vez que a maioria das divergências que teve com o filho em vida esteve precisamente relacionado com questões monetárias. 

Durante mais de dez anos, pai e filho estiveram de costas voltadas por questões relacionadas com com negócios de transferência de jogadores de futebol. Foi apenas quando Alexandre ficou doente, e teve de lutar contra um cancro no pulmão, que os dois voltariam a reaproximar-se, no entanto a relação sempre foi marcada por altos e baixos e novas questões financeiras, relacionadas com negócios e futebol voltariam a agitar a união.

No seu livro, Pinto da Costa confirmaria a nova zanga com o filho, num tom que sugeria uma grande mágoa pelo facto de Alexandre se ter afastado de si por aquilo que descrevia como "insignificâncias". Apesar da vontade de fazer as pazes, a verdade é que o filho tardaria em ceder. Não esteve ao lado do pai quando este foi afastado da presidência do FC Porto e quando, meses mais tarde, os médicos o chamaram para dizer que nada mais havia a fazer para vencer o cancro, não foi no ombro de Alexandre que se consolou.

Só seria visto ao lado do pai em outubro, quando Pinto da Costa foi internado e o seu estado era já bastante debilitante. Fariam então as pazes que, no entanto, nunca soaram a completamente genuínas, sendo que a decisão de como que 'deserdar' o filho, retirando-o do maior bolo do testamento mostra isso mesmo, que as divergências nunca ficaram completamente sanadas.

Pinto da Costa e Claudia Campo
Pinto da Costa e Claudia Campo

Zulmira Garrido, amiga de Pinto da Costa, foi uma das comentadoras que se insurgiram contra Alexandre, acusando-o de apenas se mover por interesses e de não ter sido o filho que o portista precisava nos últimos anos de vida.

"O Alexandre vir agora dizer que esteve sempre ao lado do pai nos momentos mais difíceis, a mim dá-me vontade de rir. É ridículo. Esteve anos e anos de relações cortadas com o pai, aproximou-se agora já na fase final e foi até mais por vontade do pai, que não queria partir de relações cortadas com o filho", afirmou, depois de Alexandre ter afirmado que sempre esteve ao lado de Pinto da Costa quando este mais precisou e que as suas divergências se prendiam muito mais com questões relacionadas com futebol.

No entanto, no testamento, Pinto da Costa decidiu como que castigar Alexandre, ao mesmo tempo que agradecia a duas mulheres que tiveram uma extrema importância quando mais precisou: a filha, Joana, que esteve sempre a seu lado e lhe trouxe também uma doçura especial com os netos. E Cláudia Campo, que foi a melhor companheira que podia ter pedido para os últimos tempos de vida.

Pinto da Costa e a filha, Joana
Pinto da Costa e a filha, Joana

"A Cláudia foi o exemplo de uma amiga, de uma companheira, e Pinto da Costa quis deixá-la bem. Foi a vontade dele. Se o filho não entendeu o recado, se calhar deve rever melhor a sua postura para com o pai nos últimos anos", admite a fonte.


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