Foi perante um auditório lotado de amigos e convidados ilustres, na Universidade Católica, em Lisboa, que o cardeal português D.José Tolentino Mendonça, apresentou o seu novo livro, 'Para os Caminhantes Tudo É Caminho'. Entre os presentes, estiveram Luís Marques Mendes (atual candidato à Presidência da República), José Luís Carneiro (secretário geral do PS) e Francisco José Viegas, escritor e editor da Quetzal.
O novo livro, o sétimo da carreira de escritor de Tolentino Mendonça, é apresentado como um guia para a perplexidade. "Este é um livro para todos. A perplexidade é uma marca do nosso tempo porque há uma indefinição muito grande, porque vivemos tempos de transformação e de mudança", começa por dizer à Flash. "Este livro é sobretudo para fazer acontecer uma escuta mais profunda e introduzir no espaço público determinados temas mais ligados à nossa humanidade e espiritualidade, a uma visão integral da pessoa humana. Não é um livro técnico, nem de economia, nem de política ou de ciência. É uma visão transversal que procura animar o pensamento que cada um pode realizar da vida e do confronto com as grandes perguntas, aquelas que fazem do ser humano algo tão especial", acrescenta Tolentino Mendonça.
Lançado pela Quetzal Editores, 'Para os Caminhantes Tudo É Caminho' é ele próprio o reflexo de quem tem feito o seu caminho ligado ao pensamento e à igreja (Tolentino Mendonça foi ordenado padre em 1990 e bispo em 2018), de quem se doutorou em teologia bíblica e de quem sempre se preocupou em refletir sobre os mais diferentes temas da vida. "Este livro é um manifesto de esperança na pessoa humana e de confiança na vida. Em tempos muito marcados por um pessimismo que quase nos obriga a desistir e a não ter fé no futuro, a padecer de uma incerteza coletiva, estes textos procuram dizer que há no ser humano competências e recursos que nos fazem acreditar e que nos permitem sempre recomeçar. É esse gesto humilde de partilha dessa esperança e confiança que estes textos fazem".
A caminho está já um novo livro, mas agora de poesia. "Chegará o momento da sua publicação mas agora é o momento da escrita. Depois, quando achar que há uma unidade e identidade naquilo que escrevi, pensarei na sua edição. A poesia para mim é uma espécie de laboratório da vida. Não é apenas uma consequência. É também uma causa".