
Depois das investigações sobre a alegada agressão sexual a Virginia Giuffre no caso Jeffrey Epstein, o príncipe André está agora envolvido em mais dois escândalos, desta vez financeiros, e a sua própria fundação entrou em processo de encerramento.
Na semana passada, a imprensa britânica divulgou que o terceiro filho da rainha Isabel II tem uma dívida recente com a ex-mulher, Sarah Ferguson, de cinco milhões libras (cerca de 5,7 milhões de euros, no câmbio atual) do pagamento de um chalet em Verbier, na Suíça, uma exclusiva zona de esqui, que terá custado 16 milhões de euros em 2015.
Esta sexta-feira, 8 de maio, o 'Finantial Times' divulgou outra disputa do príncipe André, agora envolvendo a sua fundação de caridade, a Prince Andrew Charitable Trust (PACT), e a sua antiga secretária pessoal Amanda Thirsk, que pediu demissão em janeiro, depois da "desastrosa" entrevista do duque à 'BBC' e em que ela é considerada o cérebro por trás do que foi combinado.
O 'Finantial Times' revelou que a fundação fez um pagamento de 400 mil euros a Amanda, o que "criou preocupação" no regulador das organizações sem fins lucrativos na Inglaterra e no País de Gales. O valor será referente a cinco anos de pagamentos a Amanda, que era curadora da principal organização sem fins lucrativos do príncipe André, bem como como diretora das subsidiárias com fins lucrativos, como a Pitch@Palace.
O regulador considerou que os pagamentos eram "um benefício não autorizado". "A maior parte das instituições de caridade é super-sensível para a necessidade de cumprir as leis estritas à volta dos benefícios do administrador", afirmou o advogado Jolyon Maugham. "Para mim é incomensurável que uma instituição de caridade tão grande como Charitable Trust do príncipe André percebeu mal isso".
O príncipe André apressou-se em resolver a situação depois do alerta do regulador e devolveu o valor à sua própria fundação. Mas a crise e polémicas à volta do seu nome criaram outro problema.
O pagamento indevido à sua antiga secretária põe em causa as finanças incomuns do príncipe André. O filho de Isabel II não tem fundos diretos do público, tem pelo contrário uma fortuna devido às atividades comerciais. A organização internacional Pitch@Palace Global, por exemplo, teve um lucro de 686 mil euros no ano passado e esta vai continuar em operação ao contrário de outros projetos do príncipe André.
A PACT, que está a ser referenciada nestes pagamentos indevidos à secretária, deve encerrar até ao final do ano, de acordo com a 'Civil Society' do Reino Unido, devido à má reputação do duque de York desde a entrevista à 'BBC' e aos recentes escândalos financeiros.
Além disso, o príncipe André atrasou três meses a entrega das contas das suas instituições. Quando enfim o fez, revelou nos documentos que a PACT tem uma receita de 1,6 milhões de euros, empregando 19 pessoas.