
A psicóloga Joana Amaral Dias esteve na CMTV, estação de televisão onde é comentadora residente, e criticou o casting feito para o reality show da TVI, 'Big Brother - A Revolução'. O surto psicótico que afetou um dos concorrentes, André Filipe, levou Joana Amaral Dias a dar a sua opinião. Na sua conta de Instagram, voltou ao assunto e escreveu um longo 'post'. "Programas como o Big Brother foram concebidos para explorar fragilidades e lucrar com isso. São máquinas debulhadoras de homo sapiens sapiens. De quem participa e de quem assiste", começou por esclarecer a psicóloga. Prossegue: "Um surto psicótico não acontece por acaso nem tão pouco no vazio. André Filipe tinha vulnerabilidades de base, aspectos na sua personalidade que o tornam mais predisposto a certas descompensações perigosas mas também a maior valor mediático".
O surto psicótico que afetou um dos concorrentes, André Filipe, levou Joana Amaral Dias a dar a sua opinião. Na sua conta de Instagram, voltou ao assunto e escreveu um longo 'post'.
"Programas como o Big Brother foram concebidos para explorar fragilidades e lucrar com isso. São máquinas debulhadoras de homo sapiens sapiens. De quem participa e de quem assiste", começou por esclarecer a psicóloga.
Prossegue: "Um surto psicótico não acontece por acaso nem tão pouco no vazio. André Filipe tinha vulnerabilidades de base, aspectos na sua personalidade que o tornam mais predisposto a certas descompensações perigosas mas também a maior valor mediático".
Joana Amaral Dias explica: "Ou seja, um concorrente deste tipo é selecionado não porque sejam indetectáveis as tais fragilidades mas por justamente por causa dessas fragilidades - essas linhas de fractura são o que o tornam mais apetecível para o jogo, para o show, para as audiências". "Uma crise psicótica é algo de grande gravidade do qual não se são ileso, muito menos quando foi vista por milhões de pessoas. E atenção. Já existiram destes problemas em reality shows portugueses e estrangeiros - situações de alto risco onde a pessoa periga a sua vida e a dos outros", opina. Para finalizar com uma questão muito pertinente: "Qual o limite? Um suicídio em directo? Live e a cores? E a Entidade Reguladora para a Comunicação social está à espera de quê para atuar? Ou também acha que o espetáculo tem apenas de continuar?!".
"Uma crise psicótica é algo de grande gravidade do qual não se são ileso, muito menos quando foi vista por milhões de pessoas. E atenção. Já existiram destes problemas em reality shows portugueses e estrangeiros - situações de alto risco onde a pessoa periga a sua vida e a dos outros", opina.