
Joana Amaral Dias não recorre às redes sociais com o intuito único de promover o seu trabalho como psicóloga, escritora ou comentadora televisiva, nem apenas para mostrar a sua excelente forma física.
Desta vez, a antiga líder do Bloco de Esquerda denunciou uma situação preocupante, pois graças à burocracia não está a conseguir fazer a matrícula escolar do filho que adotou há quase um ano.
"Como sabem, adotei um bebé em setembro de 2019. Tem sido uma descoberta quinhentista e uma enorme alegria. Mas também um calvário burocrático, legal, etc. E já nem vos falo dos 7 anos de espera" inicia assim uma longa mensagem.
Avança sem dó nem piada : "A falta de apoio é tão gritante, as falhas institucionais tão exasperantes, que fica escarrapachado em néon que o Estado não quer saber de crianças vulneráveis para nada, está a borrifar-se para as políticas de infância, usa os menores para discursos de encher o olho!".
É então que esclarece o calvário que está a viver: "O último episódio foi a saga da inscrição do meu filho no pré-escolar. Para esse procedimento (e porque, 10 meses depois, o tribunal ainda não alterou o nome ao menino - que carrega o apelido dos pais biológicos) tenho que entregar cartão de cidadão dele com dados extremamente sensíveis e revelar informações que, como mãe, devo evitar para o proteger".
Depois de muitos telefonemas e emails trocados com o agrupamento escolar solicitando uma reunião, Joana Amaral Dias garante que não obteve a resposta desejada:"A partir daí foi um festim de displicência e desprezo por parte do Agrupamento Dona Leonor".
"Ninguém quer saber. Borrifaram-se. Pago os meus impostos, tento ser uma cidadã activa e conscienciosa, participo na minha comunidade, etc, etc. Até hoje, pouco ou nada pedi ao Estado. E ainda bem, porque, pelos vistos, teria sido em vão. Caramba! Um telefonema de 5 minutos? Quantas crianças com históricos complexos de adopção terá aquele agrupamento escolar?! Enfim", disse ainda.
Concluiu: "Ontem à noite, acabei por fazer a matrícula on line porque os prazos terminam na terça feira e não podemos arriscar. Agora é torcer para que daí não decorram problemas graves para o menino. Pois, fezada é o que resta. Entregues à sorte"-