
A associação Mundu Nôbu, do músico algarvio Dino d’Santiago, terá conseguido fechar quatro contratos diretos com estruturas da Câmara Municipal de Lisboa, presidida por Carlos Moedas, no montante global de 481 mil euros, equivalente a 385 mil euros acrescidos de IVA.
Significa que não terá passado pelos habituais concursos e candidaturas públicas a que estão sujeitas dezenas de organizações não-governamentais.
A informação é revelada pelo 'Página Um', que explica que, em vez de se submeter a subsídios ou apoios sujeitos a regras de concurso, a Mundu Nôbu – que além de ser presidida por Dino d'Santiago, é gerida por Liliana Valpaços – passou a figurar como prestadora de serviços para a execução de projetos sociais com a Gebalis e para a organização de concertos com a EGEAC, responsável pela gestão cultural da cidade.
A mesma publicação acusa ainda a Mundu Nôbu de falta de transparência e de não responder ao seu pedido de esclarecimentos, parecendo assim entender que "não é necessário prestar contas à imprensa quando se gerem dinheiros públicos".