Inês Herédia, de 35 anos, e Gabriela Sobral, de 59, decidiram colocar um ponto final no seu casamento de sete anos, do qual nasceram os gémeos Luís e Tomás, de seis anos.
A notícia foi avançada em exclusivo pela TV Guia, que revela que a atriz e a diretora da Plural "já não se estavam a entender enquanto casal". Entretanto, Inês Herédia já confirmou a separação, afirmando ter-se tratado de uma rutura amigável, testemunho do grande amor que o ex-casal viveu nos últimos anos.
Infelizmente, não sem os seus reveses, como de resto ainda é muito comum em relações do mesmo sexo e como a própria atriz escreveu: "Foi o amor que nos juntou. A admiração mútua. As diferenças também. E a luta contra tudo e contra todos os preconceitos. O Luís e o Tomás são os rostos de um amor sem fim, o reflexo de uma história de resiliência".
Prova desta eterna luta contra o preconceito, são os comentários que agora se leem precisamente a propósito da notícia da separação.
"Quem que era o macho", "Dois filhos em comum!!! Mas não tem que ser homem e mulher? Tristeza", "Palhaçada agenda woke que esta palhaçada acabe de vez", são alguns comentários que se podem ler nas redes sociais.
Inês Herédia já falara abertamente sobre os preconceitos que sofreu mesmo no seio da sua família quando assumiu que era lésbica.
"A minha família é super conservadora, católica. Quando me assumi foi um choque enorme. Ninguém estava à espera, porque a imagem que tinham de alguém lésbica é no camião, com cabelo rapado, com buço, o que está tudo bem, mas não somos todas assim. Eu não tenho que ter uma expressão de género mais masculina só porque gosto de mulheres", começou a recordar no podcast de Helena Coelho, 'Pais sem Livros de Instruções'.
"Havia muito o medo do desconhecido e o que é que ia ser a minha vida. 'Mas agora vais mudar? Não, eu sou isto há muito tempo, estou só a informar-vos'. E se eu não tivesse tido disponibilidade para dar o tempo, que precisaram, aos meus pais […] Não sabiam o que era. Eu também não sabia o que era e demorei tempo a aceitar-me, quanto mais uma família que nunca passou por isso. É preciso dar esse tempo", explicou.
A sua relação com Gabriela Sobral não foi logo aceite pela família, mas com o tempo a sua mulher acabaria mesmo por tornar-se próxima do avô.
"A Gabi é o 'genro preferido' do meu avô, que pegava a cavalos toiros, é completamente conservador, católico. Jamais, alguma vez, poderia pensar que ele ia conseguir olhar para a Gabi como parte da família, como mais uma neta, e para os meus filhos como netos, exatamente iguais aos outros. Não há uma diferença hoje em dia. É brutal ver isto", destacou.
