
A antiga piloto Joana Lemos, 51 anos de idade, vive, aos dias de hoje, em Itália, onde passou a ser uma figura pública internacional desde que se casou com o milionário Lapo Elkann, neto de Giovanni Agnelli e um dos herdeiros da Fiat.
No entanto, numa das suas últimas passagens por Portugal, Joana, sempre reservada em relação à sua vida, abriu uma exceção para conceder uma entrevista a Bárbara Guimarães, de quem é amiga há décadas. As duas cantaram juntas e passaram em perspetiva a carreira de Joana como piloto de ralis e também o que a deixa mais feliz.
A dada altura da conversa, a piloto falaria sobre os dois filhos – fruto do primeiro casamento com Manuel Reymão – e confessaria que esta é a sua maior missão de vida. "A missão de uma mulher é ser mãe", foi a declaração que deu sobre o assunto e acabaria por gerar um enorme alvoroço nas redes sociais, onde prontamente Joana foi alvo de uma onda de ódio e atacada por dezenas de internautas que consideravam que, desta forma, Lemos estava a minimizar o papel da mulher.
"As competências implicadas no papel de mãe podem ser exteriorizadas e desenvolvidas em muitos outros contextos que não o da maternidade. Logo, ser mãe não tem de ser a maior realização de uma mulher", foi um dos muitos comentários deixados no perfil da piloto.
Perante as críticas, Joana mostrou-se "indignada" e fez uma longa publicação em que, de alguma forma, justifica e explica melhor aquilo que quis dizer.
"Estou profundamente indignada com as reações que surgiram após a divulgação de uma entrevista/conversa com a Bárbara Guimarães em que partilhei, de forma sincera, que o facto mais importante da minha vida foi ser mãe. Deixei claro, nessa mesma conversa, que esse era o meu sentimento, e a minha experiência pessoalíssima, independentemente das suas escolhas ou prioridades", começou por escrever, acrescentando-se desiludida com a onda de ódio de que foi alvo.
"Fiquei chocada com a agressividade que se gerou à volta de um sentimento e uma avaliação que são meus e que para mim são tão naturais e tão humanas. Convido, por isso, todos os que não viram a entrevista na íntegra a fazê-lo antes de formar opiniões, mas sobretudo a partilhar agressões. Sempre defendi – e continuo a defender – a liberdade individual em todas as suas dimensões, e o respeito pelos outros. É com tristeza que constato que muitas vezes quem mais fala em democracia e liberdade de escolha e de expressão é quem menos tolera a diferença, enchendo as mãos ou a boca de paus e pedras para atacar tudo e todos os que não pensam ou não agem como seus iguais".
Após a partilha, foram várias as caras conhecidas, como Rita Ferro Rodrigues, que saíram em defesa de Joana.