
Diogo Jota e Rúben Neves eram inseparáveis. Amigos e confidentes desde os tempos em que jogaram juntos, primeiro no FC Porto, depois no Wolverhampton, mantiveram sempre a ligação especial, mesmo quando seguiram caminhos diferentes no futebol e um momento muito aguardado pelos dois era quando se encontravam na Seleção. Eram, então, companheiros de quarto, de partidas e aventuras, numa relação de melhores amigos que mantiveram sempre até ao fim.
Absolutamente devastado com a partida de Jota, Rúben prometeu que nunca iria deixar que nada faltasse à família e também manter sempre viva a memória do amigo. Tem estado incondicionalmente ao lado da viúva, Rute Cardoso, e dos pais de Jota, fez uma tatuagem em memória do futebolista e dias antes do jogo frente à Arménia, que aconteceu no passado sábado, dia 6, fez um pedido especial à família que deixou todos em lágrimas.
"É um orgulho para mim. Pedi à família se podia ser eu, enquanto aqui estiver, a usar o número dele e poder levá-lo para o campo connosco. Aceitaram e tenho de agradecer-lhes imenso, e também à federação, a oportunidade de me deixar jogar com o ‘21’. Era algo que gostava muito e quero continuar a levá-lo para dentro do campo, não só nos nossos pensamentos, mas um bocadinho da presença”, explicou, comovido.
No jogo frente à Arménia, as homenagens a Jota multiplicaram-se em campo. João Cancelo marcou e celebrou da mesma forma que o internacional português e ao minuto 21 um momento simbólico fez com que todos acreditassem ter-se tratado de um sinal divino de Diogo, quando Cristiano Ronaldo marcou precisamente no minuto 21, da eterna camisola do craque na Seleção.