Meghan Markle recebeu a empresária multimilionária da área da cosmética Jamie Kern Lima no seu novo podcast 'Confessions of a Female Founder', esta terça-feira, dia 29 de abril.
A certa altura, Lima contou que foi rejeitada por vários investidores no início da sua carreira como empreendedora, o que fez Meghan recordar as suas próprias rejeições enquanto atriz.
"Eu ouvia 'não' a toda a hora, especialmente porque eu não era aquela definição de um tipo específico. No início da minha carreira, durante as audições, ou éramos a miúda negra, ou a miúda branca, ou a miúda latina, tudo tinha uma categoria. E eu, sendo mestiça, conseguia entrar em mais sítios. Mas estatisticamente, ouvia ainda mais 'nãos'", contou.
Recorde-se que Meghan tem ascendência afro-americana por parte da mãe, Doria Ragland.
De resto, Markle já falou várias vezes sobre os problemas que teve na sua vida pessoal e profissional, ao longo dos anos, por ser birracial e não se sentir "nem uma coisa nem outra".
Numa entrevista de 2015 à 'Elle', Markle revelou que se sentia diferente quando era pequena, uma vez que vivia num bairro de Los Angeles predominante branco.
"Não havia muita... diversidade. E ali estava a minha mãe, cor de caramelo, com a sua bebé clarinha, e perguntavam-lhe onde estava a minha mãe, porque assumiam que ela era a babysitter", afirmara.
Já na adolescência, Meghan viu-se confrontada com um boletim para preencher, na escola, em que lhe era pedido que assinalasse uma caixa a dizer se era branca, negra, hispânica ou asiática. Como não sabia o que escolher, a futura atriz contou o episódio ao pai, que lhe disse que, da próxima vez que isso acontecesse, que "desenhasse a sua própria caixa".
"Não era negra o suficiente para os papéis de negra, nem branca o suficiente para os papéis de branca. Ficava ali no meio, uma espécie de camaleão étnico que não conseguia arranjar trabalho", contou ainda, sobre a carreira na representação.
