Paloma Rocasolano entrou pela porta grande no Palácio da Zarzuela, em Madrid. O facto da sua filha, Letizia, ter casado com o então herdeiro do trono de Espanha, Felipe, deu-lhe um estatuto privilegiado. Quando nasceram a princesa Leonor e a infanta Sofia, Paloma Rocasolano assumiu um papel fundamental na criação das netas. A rainha Sofia foi, inclusivamente, afastada de um contacto mais estreito com as meninas, pois a avó materna foi sempre a preferida.
A mãe de Felipe VI terá até desabafado o seu descontentamento junto do seu círculo mais privado: "Enquanto eu tinha de pedir licença para ver as meninas, Paloma estava instalada como se fosse a sua própria casa", terá confidenciado a grega.
Este à-vontade da antiga enfermeira em relação à vida no palácio depressa acabou em abuso. Passou a usar todos os serviços da Casa Real como se tivesse direito a eles. Falamos, por exemplo, do uso da lavandaria do palácio, e almoçava e jantava na Zarzula como se da sua própria casa se tratasse.
Mas até aqui tudo bem, pois se cuidava de Leonor e de Sofia tinha direito a usufruir das mordomias do palácio. O que não lhe ficou nada bem foi ser apanhada a levar comida que não era sua. Revelam funcionários que a mãe da rainha começou a levar comida para casa, um hábito que começou durante a pandemia. Chegou mesmo a pedir que lhe enviassem alimentos para casa.
Este abuso - que ainda foi tolerado durante o confinamento - prolongou-se por muito tempo mais e acabou por gerar indignação perante o círculo mais próximo do rei. Felipe VI, depois do escândalo que envolveu Letizia e Jaime del Burgo, acabou com tudo isto. Acabaram-se as mordomias para Paloma Rocasolano por ordem do rei.
