
O príncipe Harry acusou a rainha Camilla e o pai, o rei Carlos III, de darem histórias negativas sobre ele aos tablóides britânicos para limparem a imagem.
Numa entrevista ao '60 Minutos', emitida este domingo, 8, antes da publicação da biografia 'Na Sombra', o duque de Sussex justificou porque chamou a madrasta de "perigosa" no livro, acusando-a de o ter "sacrificado".
Harry começou a contar como ele e o irmão, William, pediram ao pai para que não se casasse com Camilla, em 2005, depois de 35 anos de romance às 'escondidas' e das traições aos seus respetivos cônjuges.
"Não achamos que fosse necessário. Achamos que iria causar mais mal do que bem. Se ele estava com a pessoa dele, então certamente seria suficiente", contou na entrevista com Anderson Cooper. "Queríamos que ele fosse feliz, e vimos como era feliz com ela".
Mas o romance dos dois não seria suficiente. Para Harry, Camilla tinha urgência "reabilitar sua imagem" de amante do futuro rei junto do público.
"Isso tornava-a perigosa por causa das conexões que ela estava a forjar com a imprensa britânica. E havia uma disposição aberta de ambos os lados [Camilla e Carlos] para trocar informações. E com uma família construída na hierarquia, com ela no caminho para ser rainha consorte, haveria pessoas ou corpos deixados na rua por causa disso", argumentou.
Para Harry, ele é um desses "corpos". "Camilla sacrificou-me no seu altar de relações públicas", escreveu o duque de Sussex no seu livro.
"Se és levado a acreditar, como membro da família, que estar na primeira página, ter manchetes positivas, histórias positivas sobre ti, vai melhorar a tua reputação ou aumentar as hipóteses de seres aceite como monarca pelo público britânico, então é isso que vais fazer", disse o príncipe.