A queda de André é um marco histórico. Ninguém se lembra de um caso parecido ao seu na história da monarquia moderna. Carlos III assumiu uma posição implacável perante os escândalos que mancham o nome do irmão e, por arrasto, a coroa britânica.
O rei de Inglaterra emitiu uma declaração histórica na qual retira todos os títulos a André, mesmo o de príncipe, e ordena que saia imediatamente a residência oficial, Royal Lodge. Recorde-se que esta propriedade foi cedida por Isabel II ao seu filho preferido e que este sempre disse que dali não sairia. Enganou-se redondamente, pois o irmão não quer saber de sentimentalismos.
Esta tomada de posição de Carlos III marca uma viragem na história da monarquia britânica que não quer, de modo, algum ver o Palácio de Buckingham ser prejudicado por causa das controvérsias em torno do irmão e às suas ligações com Jeffrey Epstein.
"Sua Majestade iniciou hoje os procedimentos formais para revogar o tratamento, os títulos e as honrarias do príncipe André. O príncipe André passará a ser conhecido como André Mountbatten-Windsor. O seu contrato de arrendamento na Royal Lodge, até o momento, conferiu-lhe proteção legal para permanecer na residência", lê-se na declaração real.
Prossegue: "Foi enviada uma notificação formal para rescindir o contrato, e ele mudar-se-á para uma acomodação alternativa. Estas medidas são consideradas necessárias, sem ignorar o facto de que ele continua a negar as acusações contra si. Suas Majestades desejam deixar claro que seus pensamentos e sua solidariedade sempre estiveram, e continuarão a estar, com as vítimas e sobreviventes de qualquer forma de abuso".
Como se vê, este é o ponto final de André como membro da Família Real. Neste momento, passou a ser 'persona non grata' e até Sarah Ferguson e as duas filhas, Beatrice e Eugenie, preferem manter uma distância considerável de André para que não saiam, também elas, prejudicadas na sua relação com Buckingham.
