
Maria das Mercedes, duquesa de Barcelona e considerada rainha-mãe de Espanha de 1975 até sua morte em 2000, é uma figura admirada no país vizinho sobretudo pela dor a que foi sujeita e que nunca mais conseguiu ultrapassar. A mãe do rei emérito Juan Carlos nunca terá recuperado da perda do filho Alfonso, após o trágico acidente com a arma no Estoril, em que o então príncipe Juan Carlos, aos 17 anos, disparou a pistola e tirou a vida ao irmão de 14 anos em plena semana santa.
"Estou convencida de que aquele incidente destruiu a família", disse em entrevista à FLASH! a maior cronista social de Espanha, Pilar Eyre. "Doña Maria, a mãe de Juan Carlos, caiu no alcoolismo e esteve internada em várias clínicas de desintoxicação, na Suíça. E também por depressão.Acho que nunca se chegou a recuperar completamente. Praticamente, houve uma separação dos pais a partir dessa altura. Dom Juan e Doña Maria deixaram de ser um casal, levavam vidas separadas", disse ainda a jornalista que sabe os maiores segredos da família real espanhola.
Sobre Maria das Mercedes disse também Pilar Eyre: "Era uma mulher corajosa, moderna, muito exigente com o protocolo e uma rainha dos pés à cabeça ainda que nunca o tenha sido, mas sobretudo era bondosa." Só que caiu no vício do álcool. A família fez de tudo para a libertar desta adição e as bebida alcoólicas foram proibidas na Villa Giralda, a moradia onde viviam os Borbón no Estoril.
Só que o álcool acabava por entrar escondido, camuflado em livros. Até terá chegado a beber perfume quando não havia mais nada. Um segredo familiar fechado a sete chaves. Houve como que um pacto de silêncio entre todos os familiares, inclusivamente as infantas Elena e Cristina e o atual rei de Espanha, Felipe VI.