
O que era suposto ser um passeio em família terminou de forma absolutamente trágica e culminou com a morte de Isak Andic, o milionário, fundador da Mango, que caiu de uma ravina de 150 metros na zona de Monserrate, perto de Barcelona, em 14 de dezembro passado.
Apaixonado por caminhadas, o empresário, de 71 anos, estava a dar um passeio por uma zona montanhosa que tão bem conhecia, encontrando-se na companhia do filho mais velho, Jonathan. Foi o também empresário que acionaria os meios de socorro, chamando o 112 de imediato.
Esta era a versão oficial da tragédia. Só que 10 meses mais tarde, há uma imensa reviravolta. Em vez de um acidente poderemos estar perante um homicídio. E, para piorar ainda mais este cenário, o filho poderá ser o responsável pela morte do pai, conforme avança o jornal espanhol 'El País'.
Filho essa que disse na altura às autoridades que se encontrava a caminhar um pouco à frente do pai quando ouviu o barulho de pedras a resvalarem. Ao voltar-se para trás, viu a imagem do pai já a cair pela ravina, sendo que nada pôde fazer para o socorrer. Os dois estariam já na reta final da caminhada e bem perto do carro quando o trágico acidente ocorreu.
Ao longo destes meses, Jonathan Andic terá sido interrogado em duas ocasiões. A primeira, logo após o acidente, em que relatou o que terá acontecido nas montanhas e como se apercebeu da suposta queda do pai, algo que o terá deixado emocionalmente muito fragilizado e a precisar de apoio especializado.
Depois, na segunda interrogação, o empresário não terá sido fiel às primeiras declarações. As autoridades aperceberam-se de várias contradições sobre o que se terá passado em Montserrat, onde o seu pai caiu. Entretanto, o testemunho de Estefanía Knuth, namorada do falecido Isak Andic, terá sido fundamental para perceber que pai e filho viviam uma relação aparentemente muito conturbada.