O assumidamente recatado Donald Trump, que agora vive para a família e para os Estado Unidos já foi um playboy assumido. Gostava de ir às mais badaladas festas de Nova Iorque, aos mais afamados clubes, dar-se com celebridades e modelos, e ainda frequentava festas da Playboy. Esse Trump de outros tempos, que entre os anos 70 aos 90 adorava viver a noite da sua cidade, não só se vangloriava dos locais que frequentava como contava sem pudores o que lá via, naquelas festas loucas dos 70 e 80 quando a trilogia hedonista do sexo, drogas e rock n’ roll dominava a noite.
"Se há 10 ou 20 anos Trump era a versão jovem de Hugh Hefner [o fundador da revista Playboy], hoje é um empresário de sucesso, uma celebridade e um bom pai", assim o definiu o seu assessor de campanha Ed Rollins, que o conhece muito bem.
Nos anos 70, Trump estava a criar a sua própria fama como empresário e a começar a emancipar-se do seu pai, o empresário Fred Trump - que fez fortuna no negócio da construção civil nos Estados Unidos. Donald seguiu-lhe as pisadas mas quis muito mais, quis ter Nova Iorque a seus pés e marcar a cidade com os seus arranha-céus.
Trump adorava a noite, era perfeita para conhecimentos, negócios futuros e para se promover. Sempre rodeado de beldades, Donald sabia de cor e salteado os locais onde estavam as pessoas certas e era esses que frequentava. Havia depois o seu lado vaidoso de ser fotografado entre top models da altura, artistas e atores.
Quem imagina que Donald Trump era frequentador do famoso Studio 54, a lendária discoteca de Manhattan? Era e foi à festa de inauguração do clube, em 1977, com aquela que seria sua futura primeira mulher, Ivana. Foi num bar da moda entre os solteiros ricos que o empresário conheceu Ivana, enquanto esta aguardava com amigas, na fila de espera, para entrar. Donald acercou-se dela, disse que conhecia o dono e foi com ele que elas entraram. Ele pagou as bebidas das senhoras e ainda foi levá-las ao hotel. Com intenção de seduzir Ivana, uma modelo oriunda da então Checoslováquia que emigrara para o Canadá.
Os dois corriam as festas e adoravam dar-se com celebridades. Foram à inauguração do Studio 54, tido como o berço do disco sound e passaram a ser habituées do local, juntamente com nomes como Andy Warhol, David Bowie, Liza Minelli ou Truman Capote.
Gabando-se desse facto, Trump contou mais tarde o que por lá se passava. "Vi acontecerem lá coisas que até hoje nunca mais vi outra vez", disse, frase que está citada na biografia ‘Trump Revelado’. Mais: "Vi supermodelos a ser comidas, supermodelos bem conhecidas a ser comidas num banco no meio da sala. Eram sete e cada uma delas estava a ser comida por um tipo diferente. Isto era no meio da sala. Hoje em dia isso não podia acontecer, por causa dos problemas de morte."
Até a festa de casamento de Donald e Ivana se realizou no local afamado, o 21 Club, que já tinha sido um "bar clandestino famoso pela sua clientela de celebridades", segundo se lê na nova biografia de Trump.
As noitadas continuaram e subiram de tom. Segundo o ‘Daily Mail’ houve uma altura em que Trump se tornou anfitrião de festas secretas, com modelos menores de idade, sexo e muita cocaína, no Plaza Hotel, em Nova Iorque. Embora nunca tivesse gostado de drogas, algo que não consumia e desaprovava, Trump gostava de estar rodeado de belas mulheres, modelos de preferência. As três vezes que casou, fê-lo com modelos.
E, claro, não falhou a loucura Playboy. Donald Trump era presença inquestionável nas afamadas festas de aniversário da revista de Hugh Hefner e gostava de ser fotografado ladeado de coelhinhas.
Chegou a entrar num filme da Playboy e foi capa da revista, um feito do qual gosta muito de recordar a quem o quiser ouvir. Naturalmente, também adorava posar com as candidatas a Miss Universo, evento do qual foi anfitrião durante vários anos.
Muitas são também as histórias das noites animadas na sua mansão e hotel em Mar-a-Largo, Palm Beach, onde aliás costuma sempre festejar o réveillon - este ano não foi exceção. Só que agora as noites são passadas em família. As loucuras dos anos idos são apenas lembranças.