O jornalista Nigel Cawthorne acusa o governo britânico de ajudar a esconder o príncipe André da justiça norte-americana, que espera desde o ano passado o depoimento do filho favorito da rainha Isabel II. "Há
"Este tratado diz que se o príncipe André não respondesse ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos dentro de 21 dias, o Home Office enviaria um agente da Scotland Yard [a Polícia Metropolitana de Londres] para fazer as perguntas cujas respostas eles enviariam de lá. E se não o fizesse, seria chamado a um tribunal público para respondê-las. Nada disso aconteceu. O nosso governo está a violar este tratado com os Estados Unidos", explicou.
O jornalista é autor do livro 'Prince Andrew, Epstein and the Palace' (príncipe André, Epstein e o Palácio, na tradução livre), que aborda o escândalo sexual que abalou a monarquia britância. O duque de York é acusado nos EUA por Virginia Roberts, uma das supostas escravas sexuais do empresário Jeffrey Epstein, de abuso de menor.
Para o escritor, este escândalo "é um grande problema" para a casa real britânica, mas o príncipe André conseguiu "esconder-se atrás das paredes do palácio".
Nigel Cawthorne explica ainda que o próprio processo do 'Megxit', em que Meghan e Harry pediram para abondonar as funções como membros séniores foi concluído numa estratégica: para camuflar a famosa entrevista da BBC com o príncipe André sobre as acusações, que foi considerada "desastrosa".
O príncipe Harry e Meghan Markle "mudaram-se para a América e deixaram a família real logo após a terrível entrevista que o príncipe André deu na televisão. Até certo ponto, era uma cortina de fumaça para distrair as pessoas do que estava a acontecer com André".
O filho favorito da rainha Isabel II deixou as suas funções como membro sénior logo após a entrevista polémica, e, com esta decisão, também a vida pública. "É preciso mantê-lo longe da família real e, se ele cair, deixá-lo cair sozinho", explicou o jornalista.
