Há a ideia de que quando alguém casa com um membro da realeza adquire por direito do matrimónio o respetivo título real. Ou seja, se o casamento acontecer com um príncipe a noiva passa a ser princesa. Só que isto nem sempre é assim. Que o diga Naomi-Valeska Kern, a companheira de Charles-Philippe d’Orléans, o ex-marido da duquesa de Cadaval.
A futura mulher do duque de Anjou, que comemorou 51 anos este domingo, 3 de março, não poderá reivindicar nenhum título depois de se casar com o príncipe no próximo mês de setembro. E qual é a razão para isto? As regras da própria casa real da França, que segue os cânones da Igreja Católica.
Como Charles-Philippe de Orléans já foi casado e é agora um homem divorciado, este novo casamento não pode ser reconhecido dinasticamente. E isso ficou bem claro num comunicado feito pelo conde de Paris, Jean d'Orléans, primo do príncipe e chefe da Casa Real d'Orléans.
Como para a Igreja Católica o divórcio não é reconhecido, o príncipe "permanece casado" com Diana de Cadaval. Ela sim, reconhecida como Sua Alteza Real. E o duque de Anjou não poderá reivindicar o título de Alteza Real, afiança o seu primo no referido comunicado.
Charles-Philippe não gostou nada desta declaração e reagiu à revista 'Point de Vue': "Nasci Alteza Real, Príncipe de Orléans e neto da França. Uma república". Também em relação aos títulos que supostamente a futura mulher não poderá reclamar, diz o príncipe que foi casado com Diana de Cadaval: "Como manda a lei e a tradição capetiana, e como comprova a história de nossa família, a minha mulher tem o mesmo predicado e os mesmos títulos que eu. É, portanto, Sua Alteza Real, a Princesa Naomi-Valeska de Orléans, Duquesa de Anjou."
A guerra está instalada na Casa Real d' Orléans.
