
Desde os anos 1950, vários ex-funcionários da casa real britânica publicaram livros que fizeram os Windsor tremer. Até a rainha Isabel II foi alvo de uma "traição" da antiga ama, mas nenhum foi tão punido quanto o diário de Wendy Berry.
Wendy Berry trabalhou na propriedade rural favorita do rei Carlos III, Highgrove, de 1985 a 1992, tendo visto de perto as maiores polémicas que levaram à separação do príncipe e da princesa de Gales e, em 1995, a ex-funcionária apresentou 'The Housekeeper's Diary: Charles and Diana Before the Breakup'.
Só a apresentação do livro teve tanta repercussão que o rei Carlos III ganhou em tribunal uma liminar para impedir a edição da obra no Reino Unido. A editora aproveitou e colocou na capa: "Proibido no Reino Unido". Até aos dias de hoje, o livro ainda não circulou livremente naquele país.
Wendy foi obrigada a alterar a sua morada fiscal para os Estados Unidos para impedir que os lucros das vendas fossem parar aos bolsos de Carlos, e ela vendeu 100 mil cópias nos Estados Unidos. "Passei um período miserável por ter de morar no exterior, longe da minha família", disse ao 'The Daily Telegraph', citada pela 'Newsweek'.
A ex-funcionária da casa real ainda argumentou que o seu livro tinha um lado lisonjeiro a Carlos. "Eu disse que ele era um bom pai", afirmou.
A infância da rainha Isabel II e da irmã, Margarida
Outra importante publicação foi o livro de Crawfie, como era conhecida a ama das princesas Isabel e Margarida, Marion Crawford. A ex-funcionária divulgou em 1950 a obra 'The Little Princesses'. A edição do livro, longe de ser polémico, obrigou a mulher a deixar a sua moradia no palácio de Kensington para viver na Escócia.
Os segredos do mordomo
Nos últimos anos, outro funcionário fez muita polémica ao quebrar o seu acordo de confidencialidade. Paul Burrel, o ex-mordomo da princesa Diana, publicou as suas memórias, 'A Royal Duty', e vários segredos da mãe dos príncipes William e Harry.
O duque de Sussex e o atual príncipe de Gales chegaram a considerar, no passado, as declarações de Paul uma "traição fria e aberta", apelando num comunicado que ele "ponha fim a essas revelações."