A decisão do príncipe Harry de deixar de ser membro sénior da casa real britânica há dois anos teve uma consequência emotiva esta quinta-feira, 8, com a morte da sua avó, a rainha Isabel II. O duque de Sussex foi o último a chegar a Balmoral, na Escócia, meia hora depois do anúncio público da morte da monarca. E esta sexta-feira, 9, Harry sofreu mais um golpe.
O filho mais novo do rei Carlos III foi o primeiro a deixar o palácio onde a monarca morreu, tendo passado apenas 12 horas com a família na reunião mais íntima deste momento de luto.
Nos momentos de tensão antes da morte da rainha, em que a Casa Real fez uma rara declaração sobre o seu grave estado de saúde, o então príncipe Carlos, Camilla Parker Bowles e a princesa Ana foram os primeiros a chegar a Balmoral para estar ao lado da rainha Isabel II ao longo desta quinta-feira, 8. Os príncipes William, André, Eduardo e a mulher, Sophie, chegaram em seguida, no início da tarde.
Apesar de Harry estar a viver a apenas alguns metros do irmão William, em Windsor, o duque de Sussex viajou sozinho para Escócia e chegou meia hora depois do anúncio público de que a rainha tinha morrido.
Nos tempos mais felizes de Harry com a família, o duque de Sussex tinha uma forte ligação com a avó Isabel II, sendo mesmo apresentado na imprensa britânica como o neto favorito da monarca. Quando Harry decidiu deixar a casa real, a rainha, Carlos e William negaram a proposta de Harry de seguir um caminho com independência financeira mas a depender de ajuda para pagar a segurança. A ideia era também dividir o tempo entre Londres e outro país da Commonwealth.
A rainha deixou claro para Harry que se queria sair, o corte seria radical. Agora, colocam-se outros problemas. A morte de um monarca dá aos netos de um novo rei o título de príncipes, automaticamente. O que faz com que Archie, de 3 anos, e Lilibet, de 1, os filhos de Harry e Meghan Markle sejam já príncipes, mas ainda não houve pronunciamento de Carlos III sobre este assunto.
Os próximos dias
A presença de Harry e Meghan Markle no Reino Unido quando a rainha morreu foi uma pura coincidência. Os Sussex regressaram juntos pela primeira vez desde que se mudaram para os Estados Unidos para participarem de uma série de eventos solidários.
O Reino Unido passa agora por 10 dias de luto nacional e são esperados vários eventos de homenagem a Isabel II. Harry, William e Carlos III deverão aproximar-se ao longo dos próximos dias, contudo duas novas polémicas abalam a relação: a entrevista de Meghan Markle à revista 'The Cut', publicada há cerca de duas semanas, e o livro do príncipe Harry que será publicado pela Penguim.
Não se sabe como a relação da família está afetada devido às novas declarações dos Sussex.
Meghan Markle afasta-se
O que é certo é que em mais um momento de grande perda da família real, Meghan Markle decidiu ficar afastada, tal como aconteceu quando morreu o príncipe Philip, em abril do ano passado. Esta quinta-feira, 8, quando Harry viajou para Balmoral foi primeiro anunciado que estava na companhia da mulher, horas depois a 'BBC' noticiou que o duque de Sussex na verdade estava sozinho. A viagem demorou mais do que seria esperado, daí Harry ter chegado a Balmoral meia hora depois do anúncio da morte da rainha.
A duquesa de Sussex tem permanecido calada nestas primeiras horas de perda para a família, mas o site oficial da Fundação Archwell, que é gerida pelo casal, está pintado de preto, tendo agora apenas uma mensagem: "Em memória da Sua Majestade, a rainha Isabel II. 1926-2022".
O correspondente da BBC e especialista real Nicholas Witchell especulou que Meghan estaria com receio de não ser "muito bem recebida" pela família do marido em Balmoral.
