
Marius Borg, o primeiro filho da princesa Mette-Marit, mulher do futuro rei do país, Haakon Magnus, está com uma situação bastante complicada entre mãos.
Marius perdeu o seu passaporte diplomático, um documento que lhe foi concedido na infância devido à sua proximidade com a família real. Apesar de nunca ter tido um título monárquico nem exercido funções oficiais, este passaporte permitia-lhe evitar os controlos de imigração, receber tratamento preferencial nos aeroportos e usufruir de uma proteção consular reforçada.
De acordo a revista 'Se og Hør', Marius terá usado o passaporte em várias viagens privadas, sem a companhia de outros membros da realeza, algo que contraria as diretrizes do Ministério dos Negócios Estrangeiros. O filho de Mette-Marit terá usado este documento para evitar situações comprometedoras no estrangeiro, algo que foi interpretado como abuso de privilégios.
Como consequência do escrutínio público de que tem sido alvo e do uso indevido de privilégios institucionais, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Noruega interveio e retirou-lhe o passaporte diplomático.
O padrasto, príncipe herdeiro Haakon, confirmou publicamente que Marius o tinha desde a infância, mas que nunca mencionou a sua utilização em viagens privadas, o que causou suspeição e pressão por parte da comunicação social no país.
A revogação ocorreu há seis meses, em plena fase final de uma investigação criminal que o aponta como autor de 23 crimes graves, entre eles violação, conduta sexual ofensiva, abuso em relações íntimas, agressão física, ameaças, danos materiais e violações de ordens de afastamento, segundo publica a revista mencionada. O procurador do caso prevê que nas próximas semanas haja uma decisão sobre a formalização da acusação.
No entretanto, Marius seguiu com a sua vida e andou a viajar pela Europa. Este seu modo de vida, longe da tradicional e expectada discrição de alguém ligado à realeza gerou fortes críticas por parte da opinião pública e culminou nesta decisão.