
Agora é oficial. A casa real britânica está mesmo acelerar as mudanças. Esta quinta-feira, 23, a rainha Camilla quebrou uma longa tradição e deu a sua opinião sobre uma recente polémica que está a levantar vozes no Reino Unido.
Camilla recebeu um grupo de escritores em Clarence House para celebrar o segundo aniversário do seu famoso clube do livro, criado durante a pandemia. Durante o discurso, a rainha consorte apelou: "Por favor, permaneçam fiéis à vossa vocação, sem impedimentos daqueles que desejam restringir a vossa liberdade de expressão ou impor limites à vossa imaginação".
O 'Daily Mail' descreveu que Camilla em seguida olhou para cima com um sorriso e acrescentou: "Disse o suficiente!"
Em causa estão as reedições da editora Puffin dos livros do famoso escritor Roald Dahl, criador de personagens como Matilda, Willy Wonka, as Bruxas e o Sr. Raposo.
A editora contratou "leitores sensíveis" para reescrever partes dos livros. A personagem Augustus Gloop deixa de ser "gordo" para ser "enorme"; os oompa loompas deixam de ser "pequenos homens" para serem "pequenas pessoas", por exemplo. A ideia é que as obras possam ter uma linguagem inclusiva, argumentou a editora, mas tem sido alvo de fortes críticas. Apesar de Roald Dahl ser considerado por muitos escritores como racista e antisemita, a medida está a ser considerada uma censura.