
Os traumas de infância do rei Carlos III, dos anos em que foi vítima de bullying num colégio na Escócia, parecem ter voltado à tona enquanto preparava a cerimónia de coroação. O neto mais velho do monarca, o príncipe George, revelou ao avô o medo de sofrer bullying e Carlos fez uma mudança na cerimónia para atender o menino de 9 anos.
George apelou ao avô que alterasse o uniforme dos pajens com receio de tornar-se alvo de piadas na escola, e viu o seu pedido ser aceite.
Uma fonte afirmou ao 'Mirror' que George "não gostaria de usar as meias e tornar-se um assunto piadas na escola". O rei concordou e substituiu as meias brancas dos pajens por calças escuras. Foi a primeira que isso aconteceu numa tradição de séculos de coroação.
O bullying continua a ser um assunto sensível ao rei de 74 anos. A imprensa britânica conta há anos que Carlos III considerou os anos que passou no colégio Gordonstoun, na Escócia - o mesmo que o seu pai estudou -, um pesadelo.
Dias antes da coroação, um amigo próximo do rei, Jonathan Dimbleby, contou em entrevista à 'BBC' que Carlos "sofreu bullyin". "Ele não escreveu isso aos seus pais, mas escreveu a outras pessoas próximas, dizendo: 'Não aguento isso. Estou a ser intimidado a toda hora'. Muitas vezes eram coisas menores - lutas de almofadas, espancamento -, mas essencialmente era do género: 'podes pensar que és o futuro rei, mas não significas nada para nós'. Ele foi sistematicamente, diria, intimidado, maltratado e não estava feliz."