
Estava tudo preparado para que a cerimónia dos Óscares do passado domingo fosse a noite de coroação de Will Smith. O natural da Pensilvânia reunia um inquestionável favoritismo para erguer a estatueta de Melhor Ator, pela sua aclamada interpretação de Richard Williams, pai das tenistas Venus e Serena Williams, em ‘King Richard – Para Além do Jogo', algo que viria acontecer, preparando-se assim para, após três nomeações numa carreira de ator que começou em 1990, marcar o seu nome na história do cinema, pelos melhores motivos.
Tudo mudou quando o comediante Chris Rock, após ser chamado para anunciar o vencedor do prémio de Melhor Documentário, decidiu fazer uma piada sobre a mulher do ator, Jada Pinkett Smith, que sofre de alopecia, comparando-a à personagem de cabeça rapada de Demi Moore no filme ‘G.I. Jane.’ Will Smith subiu a palco e agrediu o humorista, deixando no ar uma tensão que durou até ao final da cerimónia.
Em reação aos acontecimentos, a Academia publicou nas redes sociais: "A Academia não tolera qualquer forma de violência. Esta noite estamos felizes por celebrar os vencedores dos nossos 94º Prémios da Academia, que merecem este momento de reconhecimento por parte dos seus colegas e de amantes do cinema em todo o mundo."
The Academy does not condone violence of any form.
— The Academy (@TheAcademy) March 28, 2022
Tonight we are delighted to celebrate our 94th Academy Awards winners, who deserve this moment of recognition from their peers and movie lovers around the world.
O código de conduta, lançado em 2017, deixa mesmo no ar a possibilidade de Will Smith perder este prémio: "Em adição a alcançar a excelência no campo das artes e ciências cinematográficas, os membros devem também comportar-se eticamente, respeitando os valores da Academia (…) Não há espaço na Academia para pessoas que abusam o seu estatuto, poder ou influência, de uma forma que viole as normas reconhecidas da decência", pode ler-se.