
Miguel Raposo, filho mais velho de José Raposo e Maria João Abreu, relembrou o período de luto pela mãe, após a morte da atriz no dia 13 de maio de 2021, causada por um aneurisma cerebral. O ator de 37 anos relatou a angústia que se apoderou de si e que o levou a procurar terapia para evitar o descalabro emocional.
"Logo a seguir houve um período de luto que é muito complicado de se fazer, sobretudo quando se está a trabalhar tanto como eu estava, que foi uma coisa que não soube gerir, porque acredito que nunca se saiba gerir bem este tipo de situações. Não disse que não queria trabalhar porque me refugiei muito no meu trabalho", afirmou, na emissão de terça-feira do programa ‘Júlia’, da SIC.
"Estive certamente em perigo, sim. Não tive tempo para perceber que estava em perigo e de repente estava a entrar numa fase já de grande tristeza, de uma tristeza profunda. A saúde mental é muito frágil", assinalou.
"Fiz terapia e foi mesmo o que me salvou. Claro que me salvou também o carinho e o amor de tanta gente, da família e dos amigos, mas às vezes a ajuda de um profissional é indispensável. A saúde mental merece o acompanhamento médico que qualquer tipo de maleita física também merece. Só consegui superar porque fiz terapia", explica ainda Miguel Raposo.
Por fim, o intérprete frisou que a situação o fez duvidar do amor pela vida: "Só chorava à noite e não era bom estar vivo, não havia prazer em estar vivo e há tanta gente que passa por isto e que não faz ideia de como reagir e de que a resposta imediata tem que ser imediata à de se torcermos um pé".