A CMTV recolheu o depoimento de "uma pessoa muito próxima" da família da vereadora Susana Gravato, que foi alegadamente assassinada pelo próprio filho de 14 anos na passada terça-feira, dia 22. Amílcar Matos era amigo de Susana e do marido, e tesoureiro na Junta da Gafanha da Boa Hora e revela novos dados sobre o adolescente.
“Deveríamos respeitar a dor da família, até o próprio filho porque ele não sabe o que fez ainda. Um garoto de 14 anos, ele não sabe o que fez. Quando cair a ficha do garoto, ele vai ser a pessoa que vai sofrer mais”, garantiu.
“Esta fatalidade não tem explicação. Se foi o filho, pode ter sido influenciado pela Internet. Não lhe faltava nada, tinha tudo. Ele vai precisar de muita ajuda agora, esta família precisará de muito apoio”, afirmou ainda.
Segundo o Jornal de Notícias, quando foi internado num centro educativo do Porto, onde irá passar os próximos três meses, o rapaz estava “perturbado, assustado e profundamente arrependido”.
Ainda assim, o que o jovem fez a seguir ao crime está a dar que falar, porque parece demonstrar algum nível de premeditação. O rapaz terá matado a mãe por ter sido surpreendido por ela em plena fuga, disparando dois tiros, e ainda um terceiro contra o seu próprio telemóvel, para o inutilizar, atirando-o depois para a piscina de um vizinho.
Em seguida, o jovem terá ido ao cemitério da Gafanha da Boa Hora, onde terá escondido a arma do crime na campa dos avós paternos, com a ajuda de um amigo.
Os inspetores confirmaram a existência de “fortes indícios da prática de um crime de homicídio qualificado”. Contudo, devido à sua idade, o rapaz só poderá ser internado numa instituição e nunca por mais de três anos.