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Nacional

Ana Catarina Afonso: "Adoro a azáfama do Natal"

A atriz, que dá vida a Vanessa em ‘A Impostora’ falou à FLASH! das tradições que cumpre nesta época. Aos 40 anos, e mãe de Gabriel de dez, Ana Catarina diz-se uma mulher de bem com a vida e prepara-se para um novo desafio no teatro.
09 de dezembro de 2016 às 15:31
ana catarina afonso
ana catarina afonso Foto: Tiago Caramujo

Ana Catarina Afonso tem sorriso meigo e gargalhada fácil. É a assim na vida e assim na profissão. A atriz aceitou o desafio da FLASH! para uma produção de Natal e falou da foram como desfruta desta quadra festiva em família. Aos 40 anos e com um filho de 10, Gabriel, Ana Catarina é uma mãe orgulhosa. No ar com a telenovela 'A Impostora', a atriz prepara-se pra um novo desafio no teatro, e diz-se cheia de vontade de abraçar um projeto no cinema. 

Que balanço faz da Vanessa em ‘A Impostora’ agora que a novela está no ar?

É diferente ver o produto já depois de concluído porque já não dá para mudar nada e eu sou uma perfeccionista. Foi um trabalho que gostei muito de fazer, tinha um elenco fantástico. E é engraçado porque as pessoas na rua não me associam imediatamente à Vanessa. Ainda no outro dia me perguntaram o que eu estava a fazer e eu respondi que estava n’A Impostora. Mas só quando falei no mercado é que a pessoa percebeu que era eu que fazia aquela personagem.        

É um projeto especial também por ter sido o último do Nicolau Breyner?

O Nicolau não era apenas um colega de elenco, era o meu companheiro de almoço. Almoçávamos sempre juntos, tínhamos uma relação muito próxima. Perdi um companheiro, um amigo… 

E agora que tem em mãos em termos profissionais?

Vou fazer uma peça que é de uma produtora que já fez outras peças que tiveram imenso sucesso. É um conceito diferente e inovador e dentro de um mês ou dois estará em cena. Na estreia terei todo o gosto em falar mais sobre isso. Preparo-me para um grande desafio, ao vivo, no teatro.

Gosta dessa sensação de ter o público logo ali?

Gosto muito. Adoro! É fabuloso. No estúdio temos esse contato direto com os técnicos que estão presentes. Mas eu gosto imenso do contato com o público. A adrenalina sobe imenso e obriga-nos a estar no presente com toda a garra que é necessária e toda a concentração necessária. Ali não há desculpas. Eu tenho uma décalage grande, de afastamento em relação ao teatro, mas isso tem uma explicação: eu comecei no teatro, venho da dança, e entre 2007 e 2011 teve a ver com o tempo que eu enquanto mãe estive super ligada à família. Felizmente que estive a trabalhar em telenovelas, porque têm horário diurno e pude estar mais com a criança. Mas não são tempos parados. Não deixei de estudar, nem de me alimentar artisticamente e quando voltei, voltei com uma sede gigante. E agora estou muito feliz por ir fazer este trabalho.

O Gabriel está com 10 anos. É parecido consigo?

É muito ele, desde que nasceu. Acredito que as crianças têm traços de personalidade facilmente detectáveis assim que nascem. Logo quando o Gabriel nasceu tive a percepção que era um ser independente, com a sua personalidade. Existe um trabalho de conquista que se vai construindo e eu não desisti. Educar é das coisas mais difíceis. Não só acarreta todas as dificuldades como todas as dúvidas que temos enquanto seres humanos. Diariamente digo-lhe que ele me pode cansar que eu nunca vou desistir dele. Estou contente com as etapas dele, já completou o primeiro ciclo, está no quinto ano, e fez a primeira comunhão.

Faz questão que ele siga os ensinamentos católicos?

Foi uma imposição minha. Não que eu seja uma seguidora da igreja católica mas sou crente e praticante. E disse-lhe que não havia pessoas mais indicadas para lhe dar a conhecer o que era isto da religião do que os catequistas e a convivência no seio religioso. Já fez a primeira comunhão e eu disse-lhe que depois disso ele era livre de continuar ou não continuar. Ele cumpriu e eu fico feliz. Fico orgulhosa. Se agora ele quiser conhecer outras religiões, escolhe. Eu dei-lhe a base. O meu dever é dar-lhe as ferramentas.

O Gabriel mostra veia artística?

Considero-me calma e bem disposta, e sei que sou uma mãe invulgar no sentido da espontaneidade. Não sou castradora. Acho que a vivacidade dele e a energia dele vêm da minha personalidade (risos). Mas o pai também é muito bem disposto. Ele tem isso em dobro. Não sei se será uma veia artística, mas ele tem uma apetência a espontaneidade.

Gostava que ele fosse ator?

Não faço questão. Não penso nisso. Ele gosta de experimentar imensas coisas. Agora estou a ter contato com o mundo futebolístico, do qual não tenho conhecimentos, e agora vejo-me nesse mundo e isso enche-me de felicidade, fazer parte da vida dele. Mais cresço e mais aprendo também. E a partir de uma certa altura é ele que me vai ensinar coisas.

Completou 40 anos. Fala abertamente da idade?

Entrei nos 40 com um título europeu. Fiz anos no dia em que Portugal ganhou o Europeu de futebol, então tinha todos os meus amigos em Carcavelos ao pé da praia, todos a divertirem-se e a vibrarem pelo nosso país. Foi magnífico. Foi uma festa a duplicar, triplicar, quadruplicar… Entrei com um título forte nesta nova fase.

Fez um balanço de vida?

Não fiz. É inevitável olhar para o espelho, olhar para o lado e ver um filho de 10 anos. Mas não acho que haja marcos na idade, que sirvam de divisões. Acho que são os acontecimentos do caminho que marcam essas viragens. Estar com 40 e meia dúzia de cabelos brancos deixa-me feliz. Sou uma mulher satisfeita.

Mudava alguma coisa no seu percurso?

Acho que não. Claro que olhando para trás pensamos nisso, mas estou extremamente satisfeita com as escolhas que fiz, com a profissão que escolhi, com as oportunidades que agarrei. Acho que tudo acontece na hora certa. Hoje sei que tudo aquilo que tenho para viver e alcançar virá na altura certa e eu estarei cá pra isso. Todos os minutos contam e não vale a pena ter pressa, nem acelerar processos. Se calhar se as coisas que fiz não foram bem feitas, é porque depois tive a oportunidade de melhorá-las. Acho que temos de aproveitar os momentos e não querer controlar tudo.

Traça metas?

Tenho coisas que quero concretizar. Tenho uma família para abraçar e para ver crescer. Tenho essas metas. Profissionalmente tenho muita coisa para aprender, muita coisa para experienciar. E o mundo do cinema não me conhece e está desejoso que eu lá chegue! (risos) Ainda não fiz nenhuma longa metragem, talvez em breve.

Como está a sua vida sentimental?

Está ótima (risos). Não sou muito de falar dessas coisas, sou muito discreta. Gosto muito do natal e do conceito familiar. Tenho uma família. Estou feliz, tenho uma pessoa e vivemos juntos.

Como vive o Natal?

Com a casa cheia com a família. Fixos somos 14, fora tios e primos. Gosto da casa cheia e este ano o Natal vai ser em minha casa. Adoro a azáfama do Natal, do convívio familiar e de ter toda a gente por perto, mesmo aqueles que não estão cá mas estão na memória. Viver a vida com memórias que nos enchem é extraordinário.

E o que faz no Réveillon?

Brincadeira… É uma noite de festa. Ninguém perde a oportunidade de pedir desejos, saltar para cima de uma cadeira, pôr roupa interior nova. Adoro essas coisas.

Faz resoluções?

De há uns anos para cá, sim. Dentro das coisas que eu gostaria de não deixar passar, seja aprender uma língua, aprender uma nova dança… Acho que são coisas que não devemos adiar. 

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