Já não há como adiar. Cristiano Ronaldo está prestes a ser intimado pela justiça do Nevada para responder às acusações de violação sexual de Kathryn Mayorga.
De acordo com o 'The Daily Mirror', sete meses depois de a polícia daquele estado ter reaberto o caso, o jogador não recebeu ainda a intimação porque os advogados de Mayorga não conseguiam localizar a morada oficial de CR7. "Os registos ficam brancos quando procuram qualquer coisa sobre Ronaldo. Os registos de propriedade foram apagados", diz uma fonte àquela publicação.
Além disso, os advogados do craque português recusaram-se a fornecer a morada para que o jogador recebesse a intimação. Mas depois de um juiz dar 180 dias à equipa de Mayorga, conseguiram localizar a mansão do craque em Turim e a estrela da Juventus vai receber a intimação em casa por carta registada – ao contrário dos Estados Unidos, em Itália este documento não precisa ser entregue em mãos.
Ainda não se sabe se Ronaldo vai mesmo viajar até ao Nevada dado que a justiça do estado pune com pena de prisão perpétua os casos de violação.
Pontos-chave do caso
A professora norte-americana acusa o craque português de a ter violado em junho de 2009 num hotel em Las Vegas.A história foi divulgada primeiro em abril de 2017 no escândalo 'Football Leaks', mas teve um forte desenvolvimento em setembro do ano passado com a investigação da revista 'Der Spiegel'.
Em causa está um acordo de confidencialidade assinado por CR7 e Mayorga, no qual o jogador se comprometia a pagar cerca de 300 mil euros para que o caso não chegasse aos tribunais. A 'Der Spiegel' divulgou também uma troca de emails entre os advogados das duas partes, de meados de 2010, que reforçam as afirmações que Mayorga fez numa entrevista em setembro. "Fo***-a por trás. Ela mostrou-se disponível. Ela estava deitada de lado, na cama, e eu entrei por trás. Foi bruto. Não mudamos de posição. 5/7 minutos. Ela disse que não queria, mas mostrou-se disponível. Todo o tempo foi bruto. Virei-a para o lado e foi rápido. Talvez tenha ficado com nódoas negras quando a agarrei. [...] Ela repetiu várias vezes não, não faças isto, não sou como as outras. Pedi desculpas depois", terá dito Ronaldo de acordo com as transcrições dos seus advogados, encontradas numa série de documentos que datam o perído de negociações para o acordo de confidencialidade.
O jogador nega ter violado Mayorga e alega que o sexo foi consentido. Sobre os documentos divulgados no 'Football Leaks', Ronaldo afirma que foram modificados por piratas informáticos.
