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Polémica

Apontado na praça pública por ter ficado calado na polémica entre Joana Marques e os Anjos, Herman José quebra o silêncio e esclarece o que o fez ficar à margem da discussão

Como fica Herman no julgamento popular, ao ter decido abster-se de participar neste debate que provocou tantas opiniões e discussões apaixonadas? O humorista esclarece.
Por FLASH! | 25 de novembro de 2025 às 15:48
Apontado na praça pública por ter ficado calado na polémica entre Joana Marques e os Anjos, Herman José quebra o silêncio e esclarece o que o fez ficar à margem da discussão
Herman José
Anjos, Nelson Rosado, Sérgio Rosado
Herman José
Joana Marques enfrenta mais processos após piadas no "Extremamente Desagradável"
Joana Marques enfrenta os Anjos em tribunal por piadas sobre um concerto
Joana Marques enfrenta processo movido pelos Anjos por piada sobre desafinação
Herman José
Anjos, Nelson Rosado, Sérgio Rosado
Herman José
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Joana Marques enfrenta os Anjos em tribunal por piadas sobre um concerto
Joana Marques enfrenta processo movido pelos Anjos por piada sobre desafinação

Herman José leva já 70 anos de vida e 50 de carreira. Cinco décadas ligadas ao humor, em que foi sempre um protagonista inquieto. Os grande programas de comédia em Portugal têm a assinatura de Herman José. Reinventou-se uma e outra vez, sem nunca se permitir acomodar. O mítico 'Tal Canal' celebra 40 anos. Por cá, o humor não mais seria o mesmo desde então.

Para além de figura incontornável da nossa cultura, Herman tornou-se numa referência para as gerações que foram chegando a seguir. Um mentor em vários casos. E é com o peso deste estatuto que Herman José acabou apontado por não ter tomado partido no duelo mediático que se desenrolou na Justiça e que opôs Joana Marques aos manos Rosado, Nelson e Sérgio, que formam a dupla musical Anjos.

Onde ficam, afinal, os limites do humor? O julgamento em tribunal acabou por ilibar a humorista de pagar mais de um milhão de euros à dupla. E como fica Herman no julgamento popular, ao ter decido abster-se de participar neste debate que provocou tantas opiniões e discussões apaixonadas, algumas a roçar a agressividade?

No podcast 'Humor à Primeira Vista', com Gustavo Carvalho, Herman José quebra finalmente o silêncio, não para tomar partidos, mas para esclarecer as razões que o levaram a pôr-se à margem desta discussão em que, na verdade, é parte interessada como um dos grandes humoristas do País.

“Quando eu disse que eles foram mal-aconselhados, ninguém lhes disse. Eu adoro os Anjos, são dois trabalhadores incansáveis e duas pessoas estimáveis que se meteram numa coisa complicadíssima e supercansativa. Se eu tivesse conseguido falar com eles antes, diria não façam isso”, começou por sublinhar Herman José.

A relação do humorista com os irmãos Rosado acabou por ser o principal óbice à participação deste debate. “Se eu não conhecesse os Anjos, se estivesse bacteriologicamente puro, tinha pegado no caso e militado nele. Era uma bela oportunidade, como a Joana fez, e muito bem, de esclarecer a opinião pública sobre como funcionam estas coisas do humor. Mas qualquer opinião que eu desse ia feri-los tanto que preferi pôr a cabeça no cepo. Houve cronistas que não me desculparam. O Henrique Raposo ficou ofendidíssimo. Eu tinha obrigação e, talvez, dever, não fosse a ligação emocional àqueles dois manos”, assumiu.

“Acho que há momentos em que a militância, a amizade e o caráter se devem sobrepor ao nosso orgulho em ter prestígio, opinião e notoriedade. E o contrário também acontece. Não é por alguém morrer que passa automaticamente a ser uma boa pessoa ou a deixar de ser responsável por coisas que nós achávamos que estavam erradas. Não vale a pena ser desonesto”, defendeu 

“Pedir escusa não é ser desonesto. Eu não escrevi nenhuma tese a defender os Anjos. Eu pedi escusa da polémica. E, em alguns casos, deve mesmo fazer-se isso, como fazem alguns juízes. Não posso pegar nesse assunto quando a rapariga envolvida é minha sobrinha”, considerou Herman, antes de ressalvar o valor da amizade: “Há alturas em que vale mais preservar a amizade do que alimentar o nosso ego. E aprendi isso à minha custa.”

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