João Cancelo está por estes dias, no centro da polémica. Na última semana, o craque do Al Hilal esteve uns dias no Algarve com a mulher, Daniela Machado, e as duas filhas e, segundo o Correio da Manhã revelou em exclusivo, envolveu-se numa cena de pancadaria na noite, tendo agredido um homem que ficou a sangrar do lábio e teve de ser assistido pelo INEM na discoteca Bliss, em Vilamoura.
A notícia gerou surpresa, no entanto a verdade é que a vida do futebolista tem sido marcada por algumas polémicas, nomeadamente nos seus últimos tempos no Manchester City, onde foi acusado de ter vivido um momento tenso e de confronto com o treinador Pep Guardiola, por não concordar com as suas escolhas.
O caso foi amplamente noticiado em Inglaterra, mas já depois da saída de Cancelo para a Arábia Saudita os dois enterrariam o machado de guerra. "Tivemos as nossas diferenças, mas não um confronto. Eu tenho uma personalidade forte, e ele também, mas é ele quem manda. Cada um seguiu o seu caminho, mas agradeço a Deus por ter trabalhado com ele. Acho que o Pep [Guardiola] fez-me ver o futebol de uma outra forma. Para mim, ele é um génio", disse Cancelo mais tarde, enquanto Guardiola lembrou o "coração enorme de João".
"Tenho um respeito enorme pelo João. Não é fácil tomar decisões e dar ordens. Quando o teu chefe chega ao pé de ti e diz: 'Não vais trabalhar. Ficas em casa'. Como é que te vais sentir? É isso que os jogadores sentem quando lhes dizes que eles não vão jogar. Não é fácil. Eu sei que ele tem um coração enorme, mas ficou chateado e triste porque não estava a jogar", afirmou. O internacional português foi ainda acusado de ser mau colega de equipa, o que o deixou revoltado.
Cancelo admitiu ainda ter-se sentido injustiçado quando deu tudo pelo City. E lembra uma situação que ficou gravada como um trauma na memória da família: quando o craque foi roubado e agredido na própria casa diante da mulher apavorada.
"Acho que no Man.City foram um bocado ingratos comigo ao falar isso, porque fui um jogador muito importante nos anos em que lá estive. Nunca faltei com o meu compromisso com o clube, com os adeptos e sempre dei tudo. Lembro-me de uma fase em que fui assaltado e agrediram-me e no dia seguinte estava a jogar no Emirates frente ao Arsenal. São coisas que não se esquecem, deixei a minha mulher e a minha filha sozinhas em casa apavoradas."
