Luís Esparteiro tem 64 anos de idade e há mais de 40 que faz novelas sem parar. E por isso é um dos atores portugueses mais acarinhados pelos espectadores. Atualmente,o ator
interpreta Eduardo na novela 'Flor sem Tempo', na SIC, e prepara-se para começar a ensaiar um novo projeto de ficção para a estação de Paço de Arcos.
Trocou a profissão de médico pela arte de representar, andou no Colégio Militar e,
em entrevista à revista 'Sábado', Esparteiro afirma que tem ideias de direita e de esquerda,
desvaloriza André Ventura, que diz ser "só um demagogo", para além de outros mimos a políticos portugueses.
Para Miguel Sousa Tavares tem outras aspirações.
Na conversa com a publicação,
Luís Esparteiro assume as suas escolhas políticas, sem meias palavras nem 'paninhos quentes'. "Gosto de dizer que
sou de direita, mas o Manuel Cavaco [ator] dizia uma coisa engraçada, que era: 'Tu és o gajo de direita mais de esquerda que eu conheço.' Tenho ideias de direita e de esquerda. Não há nenhum partido político com que me identifique realmente e
tenho votado no Iniciativa Liberal, porque gostava muito do Cotrim Figueiredo", revela o ator.
Também na hora de eleger o maior político português,
Luís Esparteiro assume a sua família política sem esquecer Mário Soares. "
Salazar. Com todos os defeitos e o principal foi a falta de liberdade que impôs e pelo "orgulhosamente sós", mas salvou Portugal do ponto de vista económico. Reconheço que Soares também foi muito importante no processo democrático, embora não seja soarista. Da era pós-25 de Abril,
o maior político foi Sá Carneiro. Foi uma pena terem-no matado", lamenta o ator.
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Luís Esparteiro trocou a carreira de médico pela de ator
Sobre a ascenção da extrema-direita, Esparteiro prefere desvalorizar André Ventura e os ideais mais radicais: "Acho que a extrema-direita em Portugal não representa nenhum perigo, porque muitos que votam no Chega fazem-no por revolta contra esta suposta democracia que teria de ser reinventada.
Não acredito que André Ventura seja realmente de extrema-direita, é só um demagogo. Houve perigo, sim, mas da extrema-esquerda, a seguir ao 25 de Abril, com o louco do Vasco Gonçalves, mas disso ninguém fala."
Numa altura em que as presidenciais começam a ser tema de atualidade política, apesar das eleições ainda estarem distantes, Luís Esparteiro já tem os seus candidatos.
Destaca o prefil de António Guterres, em detrimento de Marques Mendes ou Paulo Portas, embora considere este último "brilhante".
Entre os putativos candidatos há um que se destaca:
Pedro Santana Lopes – "um homem mal-amado". "Como ministro da Cultura recuperou os teatros no País todo, tem obra feita na câmara de Lisboa, avançou com o túnel do Marquês, contra tudo e contra todos e hoje se não fosse aquele túnel não sei como seria o trânsito. Queria fazer uma obra maravilhosa no Parque Mayer e não o deixaram." A surpresa vem da área do jornalismo e do comentário político.
"Quem eu gostava mesmo de ter na Presidência era o Miguel Sousa Tavares. Adoro a acutilância dele", defende Luís Esparteiro.