O envolvimento de Nininho Vaz Maia num caso de tráfico de droga surpreendeu o País. O músico de origem cigana conquistou a pulso uma carreira de grande sucesso. Nunca escondeu os problemas que teve com a Justiça no passado e tudo levava a querer que tinham ficado aí mesmo: no passado.
Para aqueles que o conhecem de perto continua a ser impensável que Nininho Vaz Maia possa ter deitado tudo a perder e que esteja envolvido numa rede internacional de tráfico de droga. Os pais e a avó do cantor que recentemente esgotou o Meo Arena por duas noites de concertos continuam a viver no bairro social da Picheleira.
Quem mais sofre com o que está a acontecer ao seu "menino querido" é a avó Henriqueta que ficou conhecida do grande público precisamente durante os concertos que o neto deu no Meo Arena, quando Nininho a puxou para o palco.
"A primeira pessoa que eu vi de manhã foi a avó dele e ela coitadinha estava desfeita. Eu perguntei-lhe e ela disse: 'Ai o que fizeram ao meu Nininho'", disse Laura Rodrigues, uma moradora do bairro, em declarações à TVI, referindo-se à manhã das buscas em casa do músico. "Isto é mais inveja dele, o rapaz agora tem uma vidazinha melhor não é, está a cantar, e as pessoas invejam muito a vida uns dos outros. Sabe o que é os bairros, não é? Os bairros é muito problemático", afirmou outro morador, Florival Ramos, na mesma reportagem.
No bairro da Picheleira, Nininho continua a ser muito estimado pelos moradores, indiferentes às notícia. "Muito amigo de ajudar quem precisava aqui. Eu não digo ajudar monetariamente, eu digo ajudar, se alguma pessoa estivesse aflita com algum problema, ele tentava ajudar as pessoas . Para mim, o Nininho é como um filho", garantiu Laura.
