"Morreu cedo demais.?Consta que por opção. Consta que a dor foi maior do que ela.?Consta que terá sido vítima de violência, de depressão, de abandono.?Consta. Mas ninguém sabe ao certo. O que sabemos é que morreu sozinha", é assim que Susana Dias Ramos começa por falar da morte prematura de Teresa Caeiro e que tanto tem dado que falar.
Numa partilha feita no Instagram, a conhecida psicóloga da TVI não deixou de dar a sua opinião sobre a morte da antiga deputada do CDS e que chocou tantas pessoas, muitas delas figuras públicas. Susana Dias Ramos mostra-se implacável com os amigos de Tegui, como era conhecida aquela que foi Governadora Civil de Lisboa e vice-presidente da Assembleia da República.
"E agora, nas redes, chovem homenagens. Textos bonitos, frases feitas, saudades públicas.?Mas onde estavam quando ela precisava??Onde estavam quando o silêncio dela gritava??Onde estavam quando os olhos dela pediam socorro?", atirou a psicóloga sem filtros ou paninhos quentes. "Não me venham falar de amizade em posts bonitos depois da morte.?Amizade é estar presente antes. É sentar-se ao lado no escuro. É ouvir o silêncio e perceber que ele pesa mais do que mil palavras.?Amizade não é homenagem póstuma. É vida partilhada. É dor dividida", escreve também.
E vai mais longe na sua análise: "Não me venham falar de amizade em posts bonitos depois da morte.?Amizade é estar presente antes. É sentar-se ao lado no escuro. É ouvir o silêncio e perceber que ele pesa mais do que mil palavras.?Amizade não é homenagem póstuma. É vida partilhada. É dor dividida", explica a especialista.
E termina: "Se uma amiga minha partisse debaixo do meu nariz, parte de mim morreria com ela. De revolta…de culpa!?Morrer de distração é a maior das culpas.?E aí, sim, eu calava. Borrava a minha cara na vergonha!?Porque barulho depois da morte não devolve a vida. Este texto não é bonito. Nem é para ser. É só verdadeiro.?Que sirva para não nos distrairmos mais.?Que sirva para estarmos atentos.?Que sirva para salvar alguém antes que seja tarde demais. Se eu deveria estar calada, deveria! Mas não consigo!"
