Decorreu este sábado de manhã, na Gafanha da Boa Hora, em Vagos, o funeral da vereadora Susana Gravato, que foi morta a tiro pelo próprio filho, de 14 anos.
Uma verdadeira multidão fez questão de marcar presença na despedida da advogada e muitas pessoas tiveram mesmo de ficar do lado de fora da igreja durante a missa, que foi presidida pelo padre Fernando Lacerda Ferros.
De seguida, o corpo foi a enterrar no cemitério local. De acordo com o 'Jornal de Notícias', a família de Susana Gravato queria cremar o corpo, mas o Departamento de Investigação e Ação Penal do Ministério Público de Aveiro - que tutela as investigações criminais da Polícia Judiciária de Aveiro - não autorizou a cremação, por admitir que brevemente possa ter de ser exumado para eventual realização de novas perícias médico-legais.
Recorde-se que, inicialmente, tinha sido reportado que o filho de Susana Gravato tinha simulado um assalto depois do crime, revirando a casa 'do avesso'. Agora, de acordo com o jornal 'O Ponto', sabe-se que, afinal, os sinais de desarrumação deveram-se ao facto do adolescente ter planeado fugir de casa e ter andado à procura de dinheiro e outros artigos para levar consigo.
O mesmo jornal revela que o rapaz terá matado a mãe por ter sido surpreendido por ela em plena fuga, disparando dois tiros, e ainda um terceiro contra o seu próprio telemóvel, para o inutilizar, atirando-o depois para a piscina de um vizinho.
Em seguida, o jovem dirigiu-se ao cemitério da Gafanha da Boa Hora, onde terá escondido a arma do crime na campa dos avós paternos, com a ajuda de um amigo. Mais tarde, acabou por confessar tudo à PJ, revelando ainda onde tinha escondido a pistola.
Os inspetores confirmaram a existência de “fortes indícios da prática de um crime de homicídio qualificado”. Contudo, devido à sua idade, o rapaz só poderá ser internado numa instituição – onde já está, no Porto – e nunca por mais de três anos.