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Disposto a morrer por amor: treinador Paulo Fonseca faz viagem de terror mas já conseguiu fugir da Ucrânia

Treinador português de 48 anos, que vive em Kiev com Katerina e o filho de 2 anos, regressou à Ucrânia para ajudar a salvar a sua família quando estava de férias num local paradisíaco.
26 de fevereiro de 2022 às 14:03
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Paulo Fonseca estava de férias nas Maldivas com a mulher Katerina, na terceira semana de fevereiro, quando começaram a soar os alarmes relativos a uma possível investida russa na Ucrânia.

Aí, o treinador português, ex-FC Porto, e a sua companheira ucraniana e com quem tem um filho, Martim, de 2 anos – que conheceu enquanto comandava o Shakhtar Donetsk, onde ela desempenhava funções de secretária do presidente – optaram  por regressar a Kiev, por lá se encontrarem os membros da família de Katerina.

Em vez de evitar estar perto do conflito que se anunciava, podendo voltar para Portugal, Paulo Fonseca optou por seguir os apelos da mulher e tentar salvar o resto da família. Acabou apanhado pela guerra e Katerina não escondeu o seu pânico, no Instagram: "Há batalhas em Kiev. O exército russo trouxe a guerra para as zonas residenciais da nossa capital. Há tiroteios e explosões a 10 quilómetros da nossa cidade. O metro está lotado, não há onde nos escondermos. Europa, estão a ver isto? Então porque não nos ajudam? A Ucrânia está a defender-se com todas as suas forças. Sozinha."

Refira-se que Paulo Fonseca, desempregado após ter sido substituído por José Mourinho na AS Roma, já estava a planear o seu futuro com a família na cidade, tendo inclusive realizado investimentos na área do imobiliário.

A viagem de fuga a partir da capital ucraniana foi agendada para a passada quinta-feira, mas foi exatamente nessa madrugada que teve início o ataque da Rússia em território ucraniano, com bombardeamentos em várias cidades, incluindo Kiev.

Por isso, o técnico de 48 anos foi obrigado a refugiar-se com a família num hotel onde também se albergaram os portugueses Edgar Cardoso e Filipe Sousa, parte do staff do Shakhtar Donetsk, tal como os futebolistas brasileiros daquele clube e do Dínamo de Kiev, que partilharam um vídeo a pedir auxílio ao seu governo.

Na manhã desta sexta-feira, Paulo Fonseca e a família meteram-se num mini-autocarro fornecido pela embaixada portuguesa em Kiev e partiram da capital ucraniana em direção à fronteira com a Moldávia, numa viagem tumultuosa, de 14 almas e um motorista em pára-arranca, e que terá durado todo dia, com bombas a rebentar ao longo do caminho. Um terror vivido a cada quilómetro debaixo do som das sirenes de bombardeamento.

Durante a madrugada e manhã de sábado, o técnico terá mesmo chegado a solo moldavo, estando a caminho da Roménia, de onde partirá no próximo domingo para Portugal, segundo informa o 'Mais Futebol', que acrescenta que os outros dois portugueses já estão albergados num hotel romeno.

O mesmo sucedeu com Nélson Monte, o único futebolista português a jogar na liga ucraniana, que já está a salvo na Roménia e irá viajar em direção a Portugal através da Áustria, de acordo com 'A Bola'.

Entretanto, Paulo Fonseca no final da tarde deste domingo partilhou um vídeo que confirma a viagem de terror que fez para fugir de Kiev, tal como a FLASH! noticiou. O treinador já se encontra a salvo, na Roménia, com a família.

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Paulo Fonseca e família a salvo da guerra

[notícia atualizada às 19:40, 27/02/2022]

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