
No dia 26 de outubro de 2019, Diogo Carmona foi atropelado por um comboio na Linha de Cascais. O jovem ator, que ficou conhecido por ter participado em 'Morangos Com Açúcar' e 'Florbibella' ficou ferido com gravidade após o embate com a composição, e acabou por perder um pé.
Para conseguir socorro, teve de percorrer mais de 30 metros até conseguir ajuda junto de quem estava num skate parque em São João do Estoril, junto à linha de comboio.
Depois dos primeiros socorros feitos por quem estava no parque, os bombeiros chegaram e levaram o ator para o hospital. Um ano depois, a mãe do ator, Patrícia Carmona – com quem Diogo tem tido uma guerra na justiça com acusações várias de roubo de dinheiro e violência doméstica – recorda aquele que foi um dos momentos mais dramáticos da sua vida.
"Faz hoje um ano… sim, um ano desde que recebi o telefonema mais difícil da vida, onde me deram a notícia mais dolorosa de ouvir", recordou Patrícia Carmona num texto partilhado nas redes sociais e citado pela N-TV. No desabafo, a mãe de Diogo Carmona assume ter tomado a decisão mais difícil da sua vida ao autorizar que amputassem o pé ao filho.
"Faz hoje um ano que cruelmente tive de decidir pelo meu filho amputar-lhe parte do seu corpo para lhe salvar a vida", revela. Desde então, mãe e filho deixaram de ter qualquer contacto, extremando ainda mais as divergências entre eles. Uma relação feita de acusações e processos em tribunal.
"Faz um ano que não abraço o meu filho, e não sei ainda viver com esta nova realidade, da sua ausência perto de mim e da sua nova condição física. A meu lado nesse dia, bem como em todos os outros, tive e tenho os melhores amigos, que me ampararam e guiaram no caos da minha dor", lamenta.
Afastada do filho, Patrícia Carmona tem o apoio dos amigos que lhe amparam a dor e mantém a esperança de se reconciliar com o filho. "Éramos 13 no hospital, que não saímos por um segundo dali, pelo Diogo, ainda que ele já nessa altura rejeitasse o carinho de todos nós que o amamos. Ele sabe… ele sabe que os erros lhe vão um dia ser perdoados e que essas pessoas também gostam muito dele. E eu agradeço a cada dia às pessoas que ali estiveram, e aprendi nesse dia quem são os nossos verdadeiros amigos com quem posso ou não contar", referiu.
O caminho é longo, feito de drama e tragédia: "Quanto ao que eu sinto… dor, saudade, tristeza, mas amor. E o amor de mãe supera tudo, aceita as coisas como a vida impõe, e segue o caminho para se fortalecer e receber, quem sabe, um dia, o abraço que faz falta… O trauma do dia 26/10/2019 ninguém apagará a nenhum de nós. O resto das divergências fica para segundo plano, quando se trata de salvar a vida de quem se ama. Mas ainda dói, muito!".