Vários dias depois das buscas efetuadas em casa de Nininho Vaz Maia e outros arguidos, continuam a vir à tona detalhes sobre a mega operação para desmantelar uma associação criminosa de dimensões internacionais, acusada de traficar droga por via aérea entre o Brasil e Lisboa, para depois colocar a cocaína no mercado espanhol.
É deste grupo que o popular artista, de 37 anos, é acusado de fazer parte, tendo feito pelo menos uma viagem até Espanha, escondendo as elevadas quantidades de droga em "meios próprios", o que sugere que possa ter utilizado os camiões da música para estas transações, algo que o seu advogado desmentiu.
Até agora, o músico tem sempre clamado a sua inocência e, apesar de ter sido constituído arguido, não foi detido preventivamente no âmbito do processo. Em sua casa, foram encontrados 4 mil euros em dinheiro vivo, drogas anabolizantes e há também um outro pormenor que saltou à vista na investigação e que poderá ser comprometedor para Nininho.
Trata-se da aplicação de telemóvel Sky ECC, muito conhecida no meio do crime, e que é utilizada para falar de forma encriptada. De acordo com a revista 'Sábado', a aplicação no qual Nininho seria denunciado como, alegadamente, fazendo parte da rede de tráfico, pode custar até 2000 euros por ano e no telemóvel aparece completamente disfarçada, normalmente escondida sob o símbolo de uma calculadora. Segundo a revista, o modus operandi da aplicação estava preparada para responder a situações de emergência, com o modo pânico a apagar rapidamente todo o conteúdo. Em caso de apreensão do equipamento, é uma aplicação extremamente complexa e difícil de ser analisada pelas autoridades, o que a torna perfeita para o crime.
No entanto, longe de salvar Nininho, terá sido precisamente a Sky ECC a denunciá-lo.
O músico, recorde-se, regressou no último sábado, dia 10, aos palcos depois da polémica e foi muito acarinhado pelos fãs. Em palco, na Queima das Fitas do Porto, prometeu não desistir e continuar.
